Estamos vivenciando na pele o poder destruidor de um isolamento.
O sofrimento não é só físico, mas também mental. E o que acontece quando ele é levado a condições extremas?
Como fica nossa mente perante a obrigação da, literalmente, exclusão? Ephraim escolheu sentir isso na própria pele. E o resultado não será nada bom.
No cosmo, existe um poder de destruição mental, tão profundo e ancestral, que o simples fato de sabermos que um inominável possa existir nos levaria a loucura.
É mais do que luz.
Dirigido por Robert Eggers, o mesmo direto do filme A Bruxa,
O Farol (The Lighthouse) é terror norte-americano. O filme recebeu uma
indicação ao Oscar 2020, na categoria de Melhor Fotografia.
O elenco do filme conta com Willem Dafoe, como Thomas Wake, e Robert Pattinson, como Ephraim Winslow.
No início do século XX, um faroleiro chamado Thomas Wake vive em uma pequena ilha, que mais se parece com um rochedo perdido entre as ondas. Ele precisa de ajuda para continuar o trabalho de manutenção do seu farol.
O jovem Ephraim Winslow se candidata e é contratado para executar as tarefas diárias. Porém, existe uma regra inquebrável: somente Thomas pode entrar na sala do farol.
As semanas vão passando, o isolamento começa a ser sufocante para os dois, e a curiosidade sobre os eventos que acontecem na sala de luz fica cada vez mais insuportável.
Ephraim precisa saber. Ephraim vai preferir não ter desejado saber.
Claquete
É isso que sentimos ao assistir O Farol. Além de uma
fotografia impecável, trilha sonora memorável e atuações incríveis, tanto de
Dafoe quanto de Pattinson, O Farol é um longa muito desconfortável. E é isso
que faz dele um dos melhores terrores dos últimos anos.
Se você gosta de fugir do convencional e embarcar no desconhecido, ele é perfeito.
Pegue seu barco e vá. Mas saiba, não haverá volta.