Esse filme não é indicado para menos de 18 anos.
Qual é a sua dependência? Pense aí. Não precisa dizer em voz alta. Eu sei que você tem uma. Eu também tenho a minha.
Como ela impacta sua vida? Dá pra viver sem? E quando temos tão pouco que só nos resta usar todas as nossas forças para nos agarrarmos a elas?
O que somos capazes de fazer por alguns minutos de satisfação? Muitas perguntas, poucas respostas. Réquiem para um Sonho mostra que o vazio, a solidão e a dependência podem cobrar um preço alto demais.
Quando se der conta de onde está, já não tem mais como voltar.
Dirigido por Darren Aronofsky, que conta com filmes como Cisne Negro e Mãe em seu currículo, Réquiem para um Sonho é um drama americano de 2000. O destaque do longa fica para a atriz Ellen Burstyn, que foi indicada ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Satellite Awards, tendo vencido o último.
O elenco do filme tem Ellen Burtsyn, como Sara Goldfarb, Jared Leto, como Harry Goldfarb, Jennifer Connelly, como Marion Silver, e Marlon Wayans, como Tyrone C. Love.
Harry e Marion têm o sonho de serem pessoas bem sucedidas. Juntos, eles querem abrir uma loja de roupas, já que Marion se mostra muito criativa para a moda. Só tem um problema: ambos são viciados em drogas.
Ao lado de Tyrone, seu amigo, Harry começa a traficar para conseguir dinheiro e assim conseguirem ficar, como eles dizem, “bem de vida”. Sara, a mãe de Harry, se orgulha pelo filho, mesmo sem saber o que faz.
Enquanto isso, ela é chamada para aparecer em seu programa de TV favorito. Sua meta? Perder 20 quilos em poucas semanas para usar seu vestido favorito. O resultado? O vício em remédios para emagrecimento.
É claro que essa história não pode acabar bem. Para ninguém.
Réquiem para um Sonho é um filme para se assistir mais de uma vez. Ele fica vivo por dias dentro de você, seja por sua história, suas cenas, suas abordagens ou mesmo trilha sonora. Tudo é feito com maestria e mostrado de forma visceral.
As discussões são diversas: drogas, lícitas e ilícitas, dependência, química e emocional, solidão, sentimento de abandono, falta de propósito, envelhecimento, sonhos perdidos, a lista é imensa. Um filme forte, tocante, inesquecível.
Uma amiga uma vez me disse que, se ela pudesse se esquecer de um filme para poder vê-lo novamente seria Réquiem para um Sonho. E agora eu sei porque.
Se você ainda não viu, aproveite esse privilégio e assista. Depois que ele acabar, o efeito continuará vivo em você.