A Troca

Da Redação ·
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Sempre falo, em conversas com amigos, que o desaparecimento de uma pessoa é a única coisa pior do que a morte. E vou explicar o porquê.

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Quando alguém se vai, temos o ritual de despedida. Vemos ela no caixão, choramos com familiares e amigos, vemos o enterro e sabemos que, pelo menos o físico, estará sempre ali, naquele local.

Agora, com o desaparecimento tudo fica pior. Não existe ritual, nem notícias, nem local fixo. Somente desespero, dor e a espera de uma notícia que pode nunca chegar: encontramos!

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E foi isso que aconteceu com Christine Collins, e tantas outras pessoas, em Los Angeles, por volta de 1928.


						
							A Troca
Foto por Reprodução
 

Dirigido por Clint Eastwood, que conta com filmes grandiosos em seu currículo, como O Estranho Sem Nome, Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Os Imperdoáveis, entre tantos outros, A Troca é um drama americano de 2009, baseado em eventos ocorridos na Los Angeles de 1928.

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Seu elenco conta com Angelina Jolie, como Christine Collins, John Malkovich, como Reverendo Briegleb, Michael Kelly, como Tenente Lester Ybarra, e Jeffrey Donovan, como Capitão J. J. Jones.

Era um dia comum na vida de Christine Collins, quando deixava seu filho, de 9 anos, em casa para mais uma rotina de trabalho. Mas todo o problema começa quando volta para casa.

Seu filho, Walter, desapareceu. O chão sai de seus pés. Ela vai até os vizinhos, à polícia e tudo que possa ajudá-la a recuperar seu amado filho. E essa busca, incansável, dura 5 meses.

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Alegria! O Departamento de Polícia de Los Angeles encontrou seu filho. O reencontro, perante à imprensa, já está marcado. O dia chega. Ela olha para seu Walter. O sorriso some. Não é Walter.

Aquele não é seu filho. O que realmente está acontecendo?

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							A Troca
Foto por Reprodução
 

A Troca é um filme que nos mostra diversas causas pelas quais precisamos, principalmente nos dias de hoje, lutar. A primeira é contra o preconceito que ainda existe contra mães solteiras. Se a mãe é solteira, o que houve com pai? Por que este não é responsabilizado?

Segundo, que é uma uma continuação do primeiro: lutar pela igualdade entre homens e mulheres. Ao assistir o longa, você percebe que a procura da personagem Christine seria muito mais fácil se a mesma fosse um homem. Tentaram descredibilizá-la todo o tempo. Se isso é forte em dias atuais, imagine em 1928?

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Por fim, o estado autoritário em busca de resultados. No longa, a polícia nunca falha, não erra e, se você achar o contrário e ir a público, te ameaçam de todas as formas. O estado existe para servir e proteger a população e não o contrário.

O filme é incrível, da direção, e atuações, aos aspectos técnicos. Um drama que mais parece um suspense. Um suspense que é vivido 24 horas por quem passa pela mesma situação.

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