​ A Inesperada Virtude da Ignorância.

Da Redação ·
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Imagem ilustrativa da notícia ​  A Inesperada Virtude da Ignorância.

Você pode muito bem começar esta leitura me fazendo a seguinte pergunta “e por acaso a ignorância tem virtude? Não seria ela a mãe de tanta desordem, falta de conhecimento e regressão da sociedade?” Eu diria que sim.

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Mas também há beleza dentro dela. Principalmente quando, em nossa soberba condição de pré-julgadores do mundo, ela nos surpreende.

De quem julgamos “ser ignorante” esperamos sempre pela previsibilidade. Por isso que, quando ela nos mostra algo brilhante, a sensação é única. A ignorância vê aquilo que os eruditos já não podem mais alcançar. Esta é a sua virtude.

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E acredite, Riggan Thomson era um homem virtuoso.

​  A Inesperada Virtude da Ignorância.
Foto por Reprodução

Por mais de 20 anos, o ex-ator foi conhecido por interpretar um super herói chamado Birdman. Seu personagem era um ícone da cultura pop - assim como um tal homem morcego, citado no texto anterior.

Porém ele queria mais do que ser  conhecido por blockbusters. Ele não quis fazer mais um filme do mesmo personagem. Riggan se recusa a fazer um quarto filme da série.
 
Birdman está morto. E Thomson também. Depois disso, sua carreira foi ladeira abaixo. 

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Mas o tempo passou. O destino lhe deu mais uma chance. Uma nova tentativa de recuperar a fama perdida e, também, o reconhecimento do seu público, surgiu diante dele. Riggan decide dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação de um texto consagrado para a Brodway.

Será que Birdman conseguirá voar de novo?

​  A Inesperada Virtude da Ignorância.
Foto por Reprodução

Dirigido por Alejandro González Iñarritu, que conta Babel e O Regresso em seu currículo, Birdman (A Inesperada Virtude da Ignorância) é uma comédia dramática americana de 2014. 

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No Oscar de 2015 o filme venceu as categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia. Seu elenco é formado por Michael Keaton, como Riggan Thomson, Edward Norton, como Mike Shiner, Emma Stone, como Sam Thomson.

Ao ver o longa, com certeza a primeira coisa que vai te chamar a atenção é a sua fotografia. O filme simula a todo tempo um plano sequência, deixando o telespectador mais frenético seguindo cada passo de Riggan. A trilha, composta na maioria do tempo por uma bateria, acompanha o ritmo da trama em “tempo real” o que torna tudo ainda mais “improvisado.

Agora, junte isso à atuações incríveis, principalmente de Keaton e de Emma Stone, um roteiro bem fechado e críticas ácidas, tanto à indústria do entretenimento quanto aos artistas que a produzem. Nasce um clássico contemporâneo. 

Pesado, profundo, frenético e inacreditável. Birdman é real. Mais real que o próprio Riggan. 

​  A Inesperada Virtude da Ignorância.
Foto por Reprodução