É muito comum usarmos a expressão “Deus é Brasileiro”, ou ainda que somos o povo mais acolhedor do mundo. Um povo sem preconceitos, igual e que preza pela boa convivência.
Vai aí alguns dados interessantes acerca de nosso país:
O Atlas da Violência mostra que 75% das vítimas de homicídios no país tupiniquim são negras;
O Brasil é o quinto país com maior número de feminicídios no mundo. Tem virado moda assassinar mulheres e meninas em função do preconceito e discriminação à condição feminina;
Somos um país socioeconomicamente desigual. Cerca de 27% da renda do país está concentrada nas mãos de apenas 1% da população;
O brasileiro é extremamente preconceituoso. A imensa maioria das pessoas negam serem preconceituosas, mas praticam o ato a cada encontro com uma “pessoa com vestimenta estranha” nas ruas. A misoginia, homofobia e tantas outras “ias” tem exaurido nossos corações dia a dia.
Completando esse raciocínio, esta semana tivemos o triste falecimento do humorista Paulo Gustavo pela Covid-19. Não foram raros os comentários desprezíveis de “cristãos” querendo justificar o porquê que o rapaz deveria ter morrido.
Para completar a análise, a maioria dos eleitores que participaram do pleito em 2018 escolheu um presidente que, por diversas vezes, fez comentários misóginos, homofóbicos e racistas. Sim, não são palavras ao vento... basta procurar vídeos no Youtube que vemos o chefe de nossa nação com suas falácias. Inclui neste cálculo os eleitores que votaram branco e nulo também e irei explicar o motivo:
Todos estávamos cansados do PT? Sim.
Todos gostaríamos de ter visto um segundo turno com candidatos mais produtivos? Com certeza.
Mesmo assim, há motivos para anular ou “branquear” o voto ao invés de votar em um candidato petista que era contra um misógino, preconceituoso? Não.
Portanto, com base em todas estas análises a minha conclusão é a de que definitivamente Deus não é nada brasileiro... e se for temos que repensar sobre Ele.
Por hoje é isso.