COVID-19 e a Roleta Russa de nosso dia a dia

Na segunda-feira (05) recebi a notícia do médico, que venci a doença

Da Redação ·
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Imagem ilustrativa da notícia COVID-19 e a Roleta Russa de nosso dia a dia
fonte: Pixabay\ ilustração

Na segunda-feira (05/07) recebi a notícia do médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) daqui do Quebec (em Maringá) de que estava de alta da COVID-19. Havia vencido a doença. Passei todo o tratamento tomando xarope de Guaco como Expectorante e Broncodilatador, quando aparecia uma tosse com secreções. Não... não tomei Ivermectina, Azitromicina, Ozônio, Hidroxicloroquina, Corticóides ou coisa que o valha. O que “tomei” foram os famosos cachorrões maringaenses, os melhores do estado do Paraná. Ou seja... poderia sair pelos quatro cantos dizendo que o cachorrão maringaense cura o COVID-19, mas não sou mal caráter como o presidente e seus asseclas.

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O que me salvou da COVID é o que salva todos os que passam pela doença. Felizmente o vírus não judiou de meu corpo, não atacou meus pulmões a ponto de danificá-lo irreversivelmente. Na verdade, o vírus sequer atacou meus pulmões. Além disso mantenho um ritmo frenético de vida, faço academia, corro, jogo meu futebol, me alimento adequadamente... isso certamente fortaleceu a minha imunidade nesse período de dificuldade. Só para deixar claro eu não sou da turma do “fique em casa”. No meu dia a dia costumo respeitar o vírus e tomar todas as precauções no que tange à distanciamento, uso de álcool-em-gel, máscaras etc. Acredito que um corpo e uma mente sã são fundamentais para o combate sistemático do vírus. Não acredito que ficar enfurnado dentro de uma casa, sem cuidar do corpo pode ser benéfico.  Além disso, também há de se levar em consideração que a primeira dose da vacina da Pfizer, tomada recentemente, deve ter exercido um efeito benéfico de tornar menos proeminentes os efeitos adversos da doença.

Mas esta doença parece uma grande roleta russa. Desta vez fui poupado... devo ter algumas coisas a fazer nesta terra.  Por outro lado, a jornalista do grupo Tribuna Adriana Roveri de 35 anos não teve a mesma sorte. Também estava recentemente vacinada da COVID-19 quando foi acometida pelo vírus. Este foi implacável com Adriana, pois atacou rapidamente órgãos vitais da jornalista, a ponto de tornar-se inútil seus pulmões. Pelo que soube, ela era uma pessoa excelente, profissional extremamente ética e qualificada e uma grande mãe. Em muitos aspectos ela contribuía mais para o mundo do que este que vos escreve.  No entanto, Adriana e eu não tivemos escolha entre viver ou morrer. O vírus chegou e eu passei... Adriana infelizmente morreu.  

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Não... o coquetel Bolsonarista anti-ciência não teria salvado a jornalista de seu destino cruel. Para algumas pessoas este vírus atende bem ao esquema chave-fechadura. Em outras palavras, o vírus interage com órgãos vitais com a mesma força de interação coulômbica elétron-próton. Muitos e muitos “Brunos e Adrianas” aparecerão nos próximos dias.  Infelizmente este vírus vai ceifar a vida de muitas pessoas que poderiam ter sido salvas por intermédio de uma política mais efetiva de compra de vacinas, anti-tratamento precoce etc.

Só me resta pedir que Adriana nos proteja de onde está... que a sua família e a de todos os mortos pela COVID-19 receba o afago necessário para continuar essa árdua caminhada que é nossa vida. 

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