IML é alvo de inquérito após sumiço de corpos; natimorto está na lista

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 21/07/2023
A investigação já dura cerca de seis anos

Uma investigação tenta explicar o desaparecimento de dois corpos de dois homens, sem identificação, que estavam armazenados no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. O inquérito já dura há cerca de seis anos e, até o momento, segue enigmático.  

Informações obtidas pelo G1 mostram que os corpos estavam nas dependências da instituição desde 2014 e foram dados como desaparecidos em maio de 2017. 

Os homens morreram em 27 de novembro e 14 de dezembro de 2014, respectivamente. Conforme os laudos, o primeiro homem tinha entre 30 e 35 anos e foi vítima de agressão física.

O segundo, por sua vez, tinha entre 50 e 60 anos. A causa da morte, no entanto, era desconhecida.

Devido ao sumiço inexplicável, um inquérito foi aberto para apurar o que houve. No entanto, durante a elucidação do caso, ofícios encaminhados pelo IML à polícia mostraram que pelo menos outros dois corpos, sendo de outro homem e de um natimorto, também desapareceram. As mortes aconteceram em 2014 e 2015, e os desaparecimentos foram percebidos em 2016 e 2017. 

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No caso do natimorto, o corpo chegou ao IML após ser encontrado em um banheiro de um terminal de ônibus de Curitiba, em abril de 2015. No caso do homem, de 50 anos, ele foi encontrado morto em um terminal rodoviário da capital em agosto de 2014.

Como a investigação já dura um longo período, o Ministério Público do Paraná (MPPR) abriu um inquérito civil para apurar possível omissão da Polícia Científica no caso. 

Especificamente sobre os desaparecimentos que motivaram a investigação, o instituto informou à polícia, em 2019, que "com as apurações internas, não foi possível determinar o que ocorreu".

O processo indica que o IML percebeu a ausência dos dois corpos durante o cumprimento de um mandado de verificação de cadáver do Foro Central de Registros Públicos de Curitiba.

O inquérito policial foi iniciado em outubro de 2017. Sete meses depois, em maio 2018, o MP-PR indicou que os desaparecimentos tinham “indícios de participação de funcionário público”. De lá para cá, nenhum suspeito foi indiciado.

As informações são do G1.