Familiares e amigos do jovem Emerson Castilho, que foi morto a tiros em Arapongas, realizaram uma nova manifestação na tarde deste domingo (28). Em carreata, o grupo seguiu pela Avenida Gaturamo e finalizaram o ato em frente da 22ª Subdivisão Policial .
Os familiares cobram a investigação da polícia. Os manifestantes escreveram frases marcantes em cartazes e gravaram um vídeo: Veja:
" Nós, familia e Amigos queremos resposta,pois conhecemos a indole dos nossos meninos!!Essa manivestação que fizemos hoje muito passifica e para pedir pois queremos a abertura do inquerito,pois só estão apurando o suposto assalto o Dr Alexandre protocolou na 22° subidivisão Policial De Arapongas na ultima terça-feira, dia 23, o pedido da Abertura do Inquerito Policial,para apurar o fato de execução e abuso de Autoridade do PM. Assim que o inquerito for aberto for aberto ai sim começarão a ouvir as testemunhas e pedir varios documentos que estão faltando no inquerito.Nós familia e Amigos queremos investigação e respostas", escreveu a tia do jovem, Meire Castilho.
O advogado Alexandre Aquino, que representa a família do jovem Emerson Castilho que morreu após ser baleado por um policial militar que estava de folga em um bar em Arapongas, afirmou no dia 15/03, que não houve tentativa de assalto no dia que o rapaz foi assassinado.
"Não teve tentativa de assalto, tanto que a delegada de polícia no relatório final de inquérito deixou de indiciar ambos, por entender que não teve tentativa de assalto", destaca o profissional.
Ainda de acordo com o advogado, Emerson foi covardemente assassinado, e isso deve ser apurado. "Estaremos requerendo providências do Ministério Público, no sentido do MP fazer uma recomendação para o delegado de polícia instaure inquérito policial para apurar o crime de homicídio praticado pelo policial militar, uma vez que o Emerson era primário, portador de ótimos e intocáveis antecedentes e foi covardemente assassinato, e isso deve ser apurado, para que o policial militar seja julgado pelo tribunal do júri de Arapongas, sem prejuízo do inquérito policial militar que também deve responder e ser penalizado", explica.
O jovem morreu após ser baleado em Arapongas, no dia 26 de fevereiro. A Polícia Militar (PM) informou que o rapaz que morreu e um outro homem, teriam tentado roubar um bar, e que o policial de folga, que estava dentro do estabelecimento, sacou a arma e deu voz de abordagem, Emerson teria colocado a mão na cintura e então foi baleado três vezes no peito.
A PM encontrou uma arma falsa no local. "O Emerson sempre deixava a arma no carro e não se trata de arma, é um simulacro para brincadeira, e outra ainda que fosse arma de verdade e na hipótese remota de ser assalto o policial deveria ter atirado para imobilizar, tiro de contenção nas pernas e não executar como foi feito, por isso o PM deve ir a Júri popular", enfatiza o advogado.
No dia 14, familiares e amigos do jovem também realizaram uma manifestação e pediram por justiça. O protesto contou com a participação de cerca de 300 pessoas, entre motociclistas e motoristas, que seguiram pelas ruas do centro e terminou na Avenida Siriema, em frente ao bar onde Emerson foi baleado.