O delegado Osnildo Carneiro Lemes, que está há mais de 40 anos na Polícia Civil, confirmou por telefone nesta sexta-feira (10) que conseguiu decisão judicial a seu favor para ser reconduzido ao cargo de chefe da Polícia Civil de Arapongas, de onde alega ter sido transferido repentinamente sem motivo justificável. Conforme Lemes, a portaria nº1668, que o reconduz à função, foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado.
O delegado lembra que em agosto de 2014, o Governo do Paraná determinou a remoção do delegado do município de Arapongas sob o argumento de que Lemes concedeu entrevistas nas quais manifestava insatisfação com a infraestrutura da Polícia Civil no município.
"A argumentação relativa à minha transferência não tinha o menor fundamento e por essa razão decidi entrar com uma ação contra o Estado requerendo a nulidade da portaria de tranferência. Quando nos sentimos injustiçado, o caminho que temos é recorrer aos meios legais para reverter a situação; o juiz entendeu que a transferência estava em desacordo com a legislação e determinou a minha recondução ao cargo", disse Lemes.
SUBDIVISÃO - Ele frisa que foi um dos responsáveis pela reivindicação de uma Subdivisão Policial em Arapongas, que na última sexta (3) foi oficializada pelo Governo do Estado do Paraná. Arapongas tem agora a maior Subdivisão do Estado, atendendo mais 15 Comarcas regionais. Na tarde desta sexta-feira (10) está agendada uma cerimônia de inauguração oficial da 22ª Subdivisão.
"Minha recondução ao cargo vem como uma oportunidade de conseguir finalizar aquilo que comecei. É uma honra poder fazer a Subdivisão funcionar, agora que ela está efetivamente implantada. Lutamos desde que assumi a cidade para que este sonho se tornasse uma realidade. Arapongas ganhou e isso é o que importa", afirmou.
HISTÓRICO - Osnildo Carneiro Lemes foi delegado chefe em Londrina por seis anos, entre 1974 e 1990, delegado ena 9ª SDP de Maringá e na 54ª DRP de Ivaiporã, entre outras cidades. Em Arapongas ele assumiu o cargo setembro de 2013 e foi afastado em agosto de 2014. Com o afastamento, Lemes ficou lotado na Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, em Curitiba.
SEGUNDA VEZ - O delegado lembra que esta é a segunda ação judicial contra o Estado vencida por ele. Em 2008, Lemes foi transferido de Cascavel, no Oeste do Estado, entrou com ação e, dois anos depois, acabou sendo reconduzido ao cargo.