A Diocese de Apucarana (PR) inaugurou oficialmente, nesta quinta-feira (25), o Mosteiro Sagrado Coração de Jesus, o primeiro da região. O centro espiritual ocupa a antiga paróquia localizada na Colônia Esperança, em Arapongas, e é habitado por sete Irmãs de Vida Contemplativa das Servas da Palavra que cuidarão e realizarão atividades relacionadas a retiros, direção espiritual e demais tarefas religiosas.
A missa de inauguração foi presidida pelo bispo da Diocese de Apucarana, Dom Carlos José de Oliveira, além da participação do padre e vigário geral João Ozório de Oliveira, demais padres e lideranças religiosas, vereadores e comunidade em geral.
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“É um momento de muita honra e alegria. Um sonho antigo que se concretiza. O primeiro mosteiro da região, local de acolhimento e de espiritualidade. Damos boas-vindas também para as nossas irmãs de vida contemplativa. O Mosteiro Sagrado Coração de Jesus está completo e pronto para iniciar uma nova jornada de fé e amor a Deus”, disse o bispo dom Carlos durante a celebração.
Antes de se tornar mosteiro, a então paróquia passou por reformas e readequações – desde a troca de pisos, pinturas e outras melhorias estruturais. O local foi escolhido para abrigar o mosteiro justamente pela estrutura e localização fora do perímetro urbano que facilita o isolamento. O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, enfatizou a importância que a Colônia Esperança e o Mosteiro Sagrado Coração de Jesus exercem, não apenas na história de Arapongas, mas também de toda região.
“Temos um carinho especial pela Comunidade da Colônia Esperança, que é forte símbolo da história dos imigrantes japoneses em Arapongas. A instalação do primeiro mosteiro do município e da região mostra a força que a comunidade exerce. Uma honra participar desse momento histórico e de muita fé”, salientou.
Entre as religiosas que vivem no mosteiro está a madre Maria Lúcia Garcia, 35 anos. Ela é do estado de Michoacán, México, e já passou por quatro países antes de vir ao Brasil. Missionária há 17 anos, Maria convida as pessoas que desejam se reconectar com sua espiritualidade. “As portas se fecham para nós, mas se abrem para todas as pessoas. Aí fora há muitos ruídos. E não é fácil ouvir Deus com tantos ruídos. Por isso, as pessoas podem vir a essa casa e passar dois ou três dias de silêncio e oração. Daremos pautas para trabalhar questões pessoais e tenho certeza que terão uma grande experiência com Deus, pois, em silêncio, nos conhecemos melhor. Assim é possível curar questões do passado e de nossa vida atual para poder enfrentar o que está por vir”, destaca.