Geração de empregos dá mostras de recuperação

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 18/09/2014

Após vários meses de oscilações e quedas na geração de empregos, os principais municípios da região dão mostras de recuperação. Arapongas aparece com destaque no levantamento de agosto. Depois de aparecer como a cidade com os piores números nos últimos seis meses, ela é hoje a que mais gera empregos.

Nas três maiores cidades da região, o número de admissões ficou em 3.300, contra 3.005 demissões. Com isso, o saldo fica praticamente zerado, resultado bem acima do saldo negativo de 340 registrado no mês anterior. Em julho foram 3.298 admissões e 3.638 demissões.

O destaque fica por conta de Arapongas, que voltou a gerar novos postos de trabalho após seis meses de saldo negativo. As admissões no município em agosto chegaram a 1.801 pessoas. No mesmo período, as demissões ficaram em 1.743 trabalhadores. Os números representam um saldo positivo de 58 postos de trabalho, bem acima do saldo negativo de 186 registrado no mês anterior.

Julho foi o pior mês do ano para a região. No período, Apucarana também registrou extinção de postos de trabalho. O saldo negativo ficou em 177, com 1.488 contratações e 1.665 demissões. Já em agosto, o município ainda continua com o saldo negativo, mas também conseguiu se recuperar. Foram 1.329 admissões contra 1.424 demissões, um saldo de menos 95.

No acumulado do ano, os municípios têm números positivos. São 759 postos de trabalho criados em Apucarana, 58 postos criados em Arapongas e 242 postos criados em Ivaiporã. Na soma das três cidades, as admissões fecharam o período entre janeiro e agosto em 30.054 pessoas. Já as demissões ficaram em 28.995, configurando um saldo positivo de 1.059 postos de trabalho.

APUCARANA

O gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Lucas Leugi, acredita que a situação em Apucarana deve continuar melhorando. O município completa três consecutivos registros negativos em geração de vagas. “Com a chegada do fim do ano, o comércio deve registrar um aquecimento tradicional, ‘puxando’ também a indústria, o que irá contribuir para a criação de empregos”, diz.

Segundo ele, a diferença de ritmo de retomada na criação de empregos em Apucarana e Arapongas é natural. “A diferença entre as duas cidades é que a indústria moveleira araponguense está conseguindo se reerguer mais rapidamente do que o setor de confecções, que é o ‘carro-chefe’ apucaranense”.

Mais comedido, o coordenador da APL-Bonés, Jayme Leonel, afirma ser difícil fazer um prognóstico dos próximos meses. “A oscilação tem sido a tônica da economia. Isso preocupa o empresário e gera um clima de incerteza. É difícil traçar uma perspectiva”, diz.