Segunda vítima foi morta por estar junto com alvo, suspeita polícia

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 10/04/2023
Delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues aguarda laudos periciais para avançar nas investigações

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (10) que a Polícia Civil ainda não conseguiu elementos para comprovar que a segunda vítima do tiroteio no Jardim Colonial, ocorrido no dia 25 de março, tenha sido alvo dos assassinos. Elvis Cássio Lemes, de 36 anos, morreu no último sábado (8). Ele foi baleado e estava internado desde então no Hospital da Providência.

A primeira vítima foi identificada como Márcio de Almeida Inácio, de 33 anos. Ele foi executado com vários tiros no local e, segundo a Polícia Civil, era o alvo do atentado praticado pelos criminosos. Uma terceira pessoa, também atingida pelos disparos, já deixou o hospital e também pode, assim como Elvis, ter sido um “efeito colateral” do ataque.

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“Desde então a Polícia Civil já iniciou as investigações e instaurou o inquérito para apurar os fatos. Nós estamos colhendo informações e fizemos a coleta de imagens no local para buscar elucidar os responsáveis pela prática desses crimes”, afirma o delegado.

Ele explica que Elvis e Márcio eram conhecidos da região do Jardim Colonial e trabalhavam na área de confecções. Segundo as investigações, a casa onde Márcio morava atualmente pertencia a um irmão de Elvis. O delegado comenta que as duas vítimas estavam discutindo questões do trabalho e também sobre a transferência do nome da conta de luz da casa quando os assassinos chegaram atirando.

“Eram pessoas que se conheciam da região, mas a Polícia Civil não sabe dizer ao certo se o Elvis seria alvo desse atentado. Quanto ao Márcio, que foi a primeira vítima, a Polícia Civil não tem a menor dúvida que era o alvo daquela ação criminosa e o Elvis acabou sendo atingido no momento dos disparos”, assinala.

A terceira pessoa ferida na ocasião, segundo o delegado, afirmou em depoimento que os criminosos chegaram mascarados, fortemente armados, e também não há ainda uma relação comprovada dela com o atentado. Imagens de câmeras de segurança comprovam a versão do homem, de 31 anos. “Os indivíduos efetuam disparos sem qualquer chance de defesa e reação. O Márcio tenta correr, mas não consegue. Assim que ele cai, um dos indivíduos efetua vários disparos contra ele. O que a gente não pode afirmar é que os três seriam alvo da ação criminosa, mas apenas o Márcio, que podemos confirmar”, reforça o delegado, ressaltando que a Polícia Civil aguarda os laudos periciais para avançar nas investigações.

Marcus Felipe afirma que a relação dessa execução no Jardim Colonial com os outros crimes por conta da “guerra do tráfico” em Apucarana é investigada e não pode ser descartada. “A gente acredita que existe, sim, uma disputa por pontos de tráfico de drogas na região,  mas a gente não pode estabelecer que necessariamente esse delito esteja relacionado”, afirma.

Ele pede apoio da população para que denuncie. Segundo Marcus Felipe, a Polícia Civil está tendo dificuldades em obter informações, mesmo que anônimas, diante da violência empregada nos últimos crimes. “A gente recebe muito pouca informação, pouca denúncia, que possa ajudar a esclarecer os fatos”, diz. O telefone para denúncias é o (43) 3420-6700.

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