Comerciantes e colaboradores protestaram na manhã desta segunda-feira (1º) em Apucarana e pediram a reabertura das lojas, que estão fechadas por causa do novo decreto do Estado com medidas mais rígidas para evitar a propagação da Covid-19.
A manifestação reuniu mais de 100 pessoas, que depois em carreata andaram pelas ruas centrais do município.
Conforme o Eduardo Ferreira, empresário apucaranense, a intenção da manifestação é negociar com o Governo e com o município. "Unimos forças e estamos aqui por que queremos trabalhar, podemos trabalhar em horário reduzido, mas não podemos ficar fechados, é começo de mês, temos nossos compromissos para honrar, não tem como ficar fechado. Queremos negociar", disse.
A empresária Carmo Mendes repassou que a situação já está difícil, que as vendas estão fracas e com o fechamento tudo fica pior, ainda mais em uma semana de pagamento. Ela ainda garantiu que o comércio não é responsável pela transmissão do vírus. "Estamos reivindicando que o nosso comércio volte a abrir, nosso comércio não é vetor de contaminação, nossas vendas, mais de 80% já são no delivery, e não podemos entrar na nossa loja, fazer um condicional para o cliente levar para a casa. Somos em 43 funcionários, temos família, precisamos trabalhar. Fecha as lojas e as pessoas lotam os mercados. O que tem que cuidar é das festas, aglomerações, o comércio não é vetor de transmissão. Não estamos brigando só pelo delivery, estamos brigando para abrir o comércio", desabafa.
Silvia Fortuna, outra empresária de Apucarana ressaltou a aglomeração em supermercados e questionou os motivos do fechamento do comércio. "Aglomeração dentro do comércio? não estamos tendo nem vendas, imagina aglomeração, dá uma revolta muito grande. Estamos seguindo todas as medidas de sanitárias, não podemos ficar fechados. Nossos colaboradores não são essenciais? somos nós que transmitimos o vírus? tempos contas, IPTU, obrigações para cumprir. Por que nossa classe é sempre tão penalizada. Peço, Governador, olhe para nossa classe", comenta.
Veja:
No domingo, os comerciantes gravaram um vídeo pedindo uma solução, afirmando que estão seguindo as regras para evitar o contágio da doença e destacando quantas famílias precisam dos empregos.