O avô do adolescente de 13 anos que morreu após uma briga em Apucarana, na noite de terça-feira (21), no Jardim Ponta Grossa, o comerciante Carlos Roberto Kongeski, de 68 anos, muito abalado, desabafou sobre o falecimento de Alekson Ricardo Kongeski, jovem que considerava como filho.
"Sou avô e pai, ele morava comigo. Ele era tudo pra mim, meu companheiro para tudo. Meu sentimento é de muita tristeza, ele tinha apenas 13 anos, não tinha amizade com esses meninos, era inteligente, ele ficava em casa, desenhando, no computador, tenho um comércio e para pegar uma bala ele pedia. Tinha tanta coisa pela frente, estava juntando dinheiro, já tinha mil reais, guardado para comprar uma bicicleta", muito emocionado, disse Carlos.
O avô ainda contou que foi avisado que o neto estava caído, desacordado na rua. "Eu estava em casa quando me avisaram que ele estava desmaiado em frente ao postinho, corri lá, e estava o pessoal fazendo massagem, e eu naquele desespero, eu gritando para Deus, Deus meu pai amado, faça com que ele volte, ficamos quase uma hora fazendo massagem, e eu tenho muita fé em Deus, mas Deus não quis fazer ele voltar, Deus tem seus motivos, sabe o que faz, nós não sabemos de nada, Deus que sabe das coisas", comenta.
Carlos espera por justiça. "Seis contra um, ele era um moleque decente, não mexia com drogas, não mexia com coisa errada, falaram que foi mal súbito, mas não é. Seis moleques chutando, tem vídeos, mataram meu neto, chutaram ele, era um menino muito bonito, extrovertido, fazia amizade, menino que não merecia isso", desabafou.
VEJA A ENTREVISTA:
(vídeo cedido pelo repórter Wellyngton Jhonis)
Amigos dão o último adeus ao garoto morto em briga de adolescentes
Dezenas de pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam no final da manhã desta quinta-feira o enterro do garoto Alekson Kongeski. O sepultamento foi realizado às 11 horas, no Cemitério Cristo Rei, em Apucarana. O corpo do menino foi velado na Capela Mortuária do Jardim Ponta Grossa desde a noite de quarta-feira (22), atraindo um grande número de colegas de escola, amigos, familiares e moradores do bairro.
O Caso Alekson deve ter desdobramentos nas próximas horas, quando se espera que a Polícia Civil consiga tomar o depoimento do principal suspeito, um adolescente de 15 anos, com quem Alekson brigava na hora em que pode ter sofrido um mal súbito, quando caiu, desacordado.
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A partir dos depoimentos já prestados à Polícia Civil, que ouviu três dos seis adolescentes envolvidos na briga, Alekson teria entrado em briga com um dos adolescentes no grupo, que estaria em desvantagem. Um terceiro adolescente teria, então, tomado as dores deste outro garoto e iniciado a briga com Alekson e, durante essa sequência da briga, a vítima teria caído no chão, desacordada, quando todos os garotos teriam fugido.
De acordo com o delegado adjunto da 17ª SDP, responsável pela investigação, Felipe Ribeiro Rodrigues, havia uma desavença entre a vítima e o menor suspeito e outros envolvidos que estimularam o entrevero. “Mas a briga ocorreu, de fato, entre os dois. Não envolveu vários contra um. Os outros estavam estimulando. E não foi usado qualquer objeto, como pau ou pedra, ou mesmo alguma arma na briga. Por isso, pelos indícios, a provável causa mortis não seja algum trauma decorrente da briga”.