As medidas de contenção do coronavírus vão atrasar o interrogatório do principal suspeito no desaparecimento da manicure de Apucarana Maria Helena Carvalho. Preso em Santa Catarina desde o início de março, Thomas de Oliveira de Melo não pode ser transferido para o Paraná.
Segundo o delegado da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, por determinação do governo catarinense, como medida de contenção do Covid-19, as unidades prisionais estão em sistema de quarentena. "Ninguém entra e ninguém sai", comenta.
A Polícia Civil de Apucarana, que considera o caso como feminicídio, aposta no interrogatório de Thomas para elucida o que realmente aconteceu com a manicure, que foi vista pela última vez em setembro do ano passado.
Thomas, que também era foragido do sistema judicial de Santa Catarina, onde responde a um processo por tentativa de feminicídio, foi localizado no último dia 7, em uma casa em São Francisco do Sul.
RELEMBRE O CASO
Maria Helena foi vista pela última vez em 11 de setembro de 2019. A Polícia Civil trata o caso como um feminicídio, pois acredita que ela foi assassinada e teve o corpo escondido pelo autor. Conforme as informações apuradas pela polícia, antes do desaparecimento, o casal teria discutido durante à noite.
Imagens das câmeras de segurança do prédio onde o casal vivia, confirmam que Maria Helena entrou no prédio no dia 11, mas não foi vista saindo. No dia 12, durante a madrugada, Thomas saiu com seu veículo e retornou a pé. Ele teria deixado o carro na rua lateral do prédio. Ao amanhecer, o suspeito saiu com a filha de três anos e com o filho de Maria Helena, um menino de oito anos.
As gravações também revelaram que ele volta para o prédio sozinho. Entre os dias 13 e 14, ele vende alguns móveis do apartamento e no dia 15 sai com duas malas e desaparece.