A apucaranense Maria Helena Carvalho foi vista pela última vez no dia 11 de setembro. O mistério sobre o desaparecimento dela completa hoje (11), três meses. A Polícia Civil de Apucarana continua investigando e trata o caso como um feminicídio e trabalha com a Polícia Civil de Santa Catarina, para tentar encontrar Thomas de Oliveira de Melo, que era marido da jovem e principal suspeito de cometer o crime.
A Polícia Civil realizou no dia 12 de novembro buscas em um terreno localizado no Núcleo Orlando Bacarin, próximo do viveiro. Denúncias informaram que o corpo de Maria Helena estaria no local.
Segundo o delegado chefe de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha, nada foi encontrado. "A polícia recebeu denúncias e fomos checar. Existem grandes indícios que o corpo dela esteja naquela região. Mas durante as buscas, não encontramos nada. Estamos trabalhando com as nossas equipes, estamos empenhados para esclarecer esse caso," detalha.
De acordo com o delegado, a polícia está juntando informações para tentar restringir as buscas, que ainda serão realizadas. "É uma área muito grande, precisamos ter mais informações, para então restringir as buscas, por isso que a denúncia da comunidade é tão importante," finaliza Marcus.
A Polícia Civil investiga a hipótese de um feminicídio. A família dela também acredita que Maria foi assassinada. O suspeito é o marido, e um mandado de prisão pelo crime já foi expedido pela Justiça de Apucarana.
O delegado Marcus Felipe da Rocha confirmou que Thomas Oliveira de Melo, que já é foragido por tentativa de feminicídio no Estado de Santa Catarina, está também com um mandado expedido por Apucarana. “Ela foi vista pela última vez em 11 de setembro. Desde que os familiares registraram o desaparecimento, a polícia está investigando. Olhamos todas as imagens de segurança, que foram fundamentais. Já pegamos os depoimentos dos familiares, peritos foram no apartamento. Fizemos buscas em um terreno onde ele estava construindo uma edícula, não encontramos nada. Já trabalhamos com a hipótese de crime e pedimos o mandado de prisão contra ele. Nossa finalidade principal é localizar Thomas. Trabalhamos em conjunto com a polícia de Santa Catarina, pois após o desaparecimento da esposa, ele deixou a filha do casal com a mãe dele que mora naquela região e está foragido”, detalha o delegado.
Segundo as investigações, no dia 11 de setembro, durante a noite, o casal teve uma discussão. No dia seguinte ela já não foi mais vista. As imagens de segurança do prédio onde o casal vivia revelaram que, no dia 12, durante a madrugada, Thomas saiu com seu veículo e retorna a pé. Ele teria deixado o carro na rua lateral do prédio. Ao amanhecer, o suspeito saiu com a filha de três anos e com o filho da vítima, um menino de oito anos.
As gravações também revelaram que ele volta para o prédio sozinho. O que chama atenção é que, entre os dias 13 e 14, ele vende alguns móveis do apartamento. No dia 15 ele sai com duas malas e desaparece.
“A bolsa da Maria Helena estava na casa, com todos os pertences. A gente também fez buscas em todos os locais suspeitos em que ele poderia ter deixado o corpo. Possivelmente o crime aconteceu, mas não sabemos ainda de que forma ele escondeu o corpo. Por isso, é fundamental a prisão dele” destaca o delegado.
FAMÍLIA
Uma das irmãs de Maria Helena, Rosilene Bispo Carvalho, que mora em Arapongas, contou que a família está sofrendo demais. Os familiares foram até a delegacia de Apucarana na última quinta-feira (18), para saber como andam as investigações.
“Nós queremos respostas. Sabemos que a polícia está procurando por ele, mas se alguém souber de algo, por favor fale, denuncie. Nós acreditamos que ele possa ter matado ela, mas não tem um corpo e é uma situação tão difícil. Eu conheço minha irmã, ela nunca ficaria tanto tempo sem dar notícias para a família. Ela jamais abandonaria os filhos,” declara a irmã.
Segundo Rosilene, o filho da manicure está com o pai em Arapongas, muito abalado com a situação. “Ele está com muita saudade. Pergunta pela mãe, quer ver a irmã que está em Santa Catarina. Não sabemos o que fazer. Minha irmã conheceu o Thomas pela internet e ele veio para Apucarana. Eles estavam juntos há cinco anos, nós não sabíamos nada do passado dele. Ele precisa ser encontrado, tem que dar uma resposta para a família”, finaliza.
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