Algo inexplicável aconteceu com uma mulher há cerca de três meses. Patrícia Ortiz, que é autônoma, se deitou para dormir e acordou sem os movimentos do corpo, ou seja, tetraplégica. O fato chama a atenção pois não há diagnóstico a respeito do que aconteceu com ela.
“É muito difícil, estou me sentindo muito mal, me sentindo como se eu não tivesse valor nenhum, não servisse mais pra nada. É um sentimento terrível, às vezes a gente pensa que vai voltar ao normal, tem esperança, só que às vezes a gente vê que é tudo muito complicado. O SUS não cobre as coisas, não cobre exames, certas consultas, tratamento, medicação e a gente fica dependendo dos amigos”, disse Patrícia.
Em meio a esta situação difícil, ela pode contar com o auxílio e apoio do marido, Flávio Ortiz. Logo após esta situação acontecer, ele diminuiu com o atendimento no Pet Shop da família para cuidar da esposa. Mas, isso prejudica a renda mensal deles, o que dificulta o acesso às consultas, que são pagas.
“Foi feito quatro ressonâncias, R$450 cada uma, e nada [foi descoberto]. [Consultamos] dois reumatologistas, três neuros e ninguém descobre nada”, relatou Flávio.
Além dos gastos com exames, Patrícia paga, semanalmente, R$ 400 nos medicamentos. O Sistema Único de Saúde (SUS) não disponibiliza os remédios.
Hospitalização
De acordo com Patrícia, hospitais de Curitiba e Brasília não a aceitaram. “Eu acredito que é porque o tratamento é muito caro, dai eles não vão aceitando, tipo é só mais um: mais um que não vai andar, mais um que não vai se movimentar e vai deixando de lado”, explica ela.
Coisas simples da vida
A mulher alega que sente falta de poder fazer as coisas básicas como se alimentar sozinha, se virar na cama ou até mesmo fazer carinho em sua filha caçula que parece não entender o que aconteceu com sua mãe.
“A primeira coisa que eu queria fazer quando eu ganhasse, pelo menos o movimento dos braços, era poder abraçar elas [minhas filhas], poder dar um carinho nelas, porque a mais novinha sente muita falta disso, fica toda hora perguntando se eu não posso abraça-la”, conta Patrícia.
Com informações; Ric Mais.
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