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Vida na Terra poderia ser exterminada por 'estrelas da morte', afirmam astrônomos

Um grupo de astrônomos de vários países descobriu que as supernovas, também chamadas por alguns cientistas de 'estrelas da morte', se estiverem localizadas a uma distância de 50 anos-luz da Terra, podem causar a extinção em massa de animais, indica um art

Da Redação

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Supernova Cassiopeia - Foto: Pixabay/imagem ilustrativa
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Supernova Cassiopeia - Foto: Pixabay/imagem ilustrativa
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 13:54:00 Editado em 12.05.2017, 15:51:07
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Um grupo de astrônomos de vários países descobriu que as supernovas, também chamadas por alguns cientistas de 'estrelas da morte', se estiverem localizadas a uma distância de 50 anos-luz da Terra, podem causar a extinção em massa de animais, indica um artigo na revista científica Astrophysical Journal.

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"Pouco tempo atrás, os nossos colegas achavam que o "raio de alcance" das supernovas era de cerca de 25 anos-luz. Nós achamos que eles não levaram em consideração alguns fatores e que na verdade o raio se aproxima dos 50 anos-luz. Realizamos estes cálculos após ter sido descoberto que os restos das supernovas mais próximas da Terra ficam de fato duas vezes mais perto do que se pensava antes", relata Adrian Melott, da Universidade do Kansas, em Lawrence (EUA).

Veja vídeo abaixo e faça um tour pela supernova 1987A

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Superfície bombardeada
Os cientistas conseguiram encontrar em 2016 os primeiros vestígios incontestáveis que provam que, há cerca de 2,6 e 8,7 milhões de anos atrás, a superfície da Terra e de outros planetas do Sistema Solar foi bombardeada por raios de supernovas relativamente próximas da Terra. Os vestígios destas deflagrações foram descobertos no espaço pelo satélite ACE, no fundo dos oceanos da Terra e até nas amostras de rocha trazidas para a Terra pelas expedições do programa Apollo.

Originalmente, os cientistas acreditavam que as explosões de estrelas haviam ocorrido a uma distância aproximada de 300-600 anos-luz da Terra. Adrian Melott e seus colegas, incluindo o astrofísico russo Dmitry Semikoz da Universidade Nacional russa de Pesquisa Nuclear MEPhI de Moscou, calcularam há um ano suas consequências para a vida na Terra. Eles chegaram à conclusão que estas deflagrações não podiam destruir a camada de ozônio ou toda a atmosfera do planeta, mas aceleraram significativamente os ritmos de evolução e podem ter servido de impulso para o surgimento da humanidade.

Veja abaixo vídeo da NASA que mostra nebulosa com pulsar super brilhante 

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Revisão
Em seu novo estudo, a equipa de Melott teve que rever as previsões, pois havia sido descoberto que a supernova mais antiga explodiu a uma distância de 150 e não de 300 anos-luz na constelação de Tucana ou de Relógio. Uma distância tão pequena entre a estrela morta e a Terra fez com que os cientistas pensassem se ela poderia ter causado extinções de animais em massa.

Utilizando um modelo de computador que simula uma supernova do tipo II, Melott e seus colegas conseguiram calcular a percentagem de ultravioleta, luz convencional e raios cósmicos de elevada energia que devem ter atingido a Terra e checar se os raios teriam conseguido "perfurar" a camada de ozônio e as camadas baixas da atmosfera.

Conforme demonstraram os cálculos dos astrônomos, o encurtamento da distância entre o planeta e a supernova apenas em duas vezes deveria aumentar em centenas ou dezenas de milhar de vezes o número de raios cósmicos de alta energia que atingem as camadas baixas da atmosfera da Terra, mas quase não afetaria a influência de raios X e ultravioleta.

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Relâmpagos produzidos por raios cósmicos
Segundo os autores do artigo, tal"bombardeamento" da Terra por partículas pesadas, além de aumentar a velocidade de acumulação de mutações no ácido desoxirribonucleico (DNA) dos animais, deveria ter provocado microextinções e incêndios em massa, por causa dos relâmpagos produzidos por raios cósmicos que penetraram nas camadas baixas da atmosfera. A densidade da camada de ozônio diminuiria 25% por dezenas de milhares de anos, sendo este indicador próximo ao nível de extinção de toda a vida na Terra (33%), mas sem o atingir.

Veja abaixo vídeo da NASA sobre supernovas 

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Vestígios
Os cientistas salientam ainda que vestígios de tais acontecimentos já haviam sido descobertos na África, em rochas formadas 2,1-2,6 milhões de anos atrás. Naquele tempo, a maioria das florestas do continente desapareceu, inclusive por causa de grandes incêndios, enquanto muitas espécies de animais grandes desapareceramou foram substituídas por outras, de vida mais curta e menos propensas ao câncer e a mutações.

Melott pensa que a extremamente elevada influência de raios cósmicos na Terra significa que o "raio de alcance" das supernovas é muito maior do que se tinha pensado. Na opinião dele, as explosões de supernovas deveriam exterminar a vida em um raio de 50 anos-luz, e não de 10 ou 25 anos-luz, como se considerava antes.

Os astrônomos destacam também que as explosões de supernovas a tais distâncias não representam uma ameaça para a Terra, mas este fato deve ser tomado em conta quando se discute a possível influência das estrelas "mortas" deste tipo na evolução de vida no nosso planeta e seu possível desaparecimento no passado.

Com informações da Agência de Notícias Spútinikportal da NASA

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