Um grupo formado por familiares e amigos do adolescente Alekson Ricardo Kongeski, morto após ser agredido, fizeram um protesto na tarde desta segunda-feira (27), em frente ao Colégio Cívico-Militar Estadual Padre José Canale em Apucarana, no norte do Paraná. A ação, realizada quase uma semana após a morte do garoto, pede justiça pela morte do adolescente, mais segurança para os alunos da instituição, mudança na carga horária e também a saída do diretor da instituição de ensino Roberto Carlos de Oliveira, o Canela.
Dezenas de pessoas foram até a porta principal do colégio, portando faixas com os dizeres ‘Justiça Pelo Alekson, reinvindicação para o horário de saída às 17:15 e mais segurança nas escolas’. Cartazes também foram fixados na fachada da escola com pedidos de ‘Fora Canela’ e ‘Justiça’. Como trata-se de uma instituição cívico-militar, a carga horária é estendida, com o término da 6ª aula às 18h30.
![Pais protestam em frente a escola de garoto morto após briga](https://cdn.tnonline.com.br/img/inline/650000/500x300/Protesto-reuniu-dezenas-de-pessoas-em-frente-ao-co-00657559-0-202206271952-5.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F650000%2FProtesto-reuniu-dezenas-de-pessoas-em-frente-ao-co-00657559-0-202206271952.jpg%3Fxid%3D719372%26resize%3D275%252C150%26t%3D1721161311&xid=719372)
"O dia que precisou de polícia aqui não tinha. Depois que um adolescente morre, o Colégio Cívico Militar coloca policial aqui. No dia ele (o diretor) disse que não podia fazer nada porque do portão para dentro era responsabilidade dele e do portão para fora não era. Pedimos o fim do horário estendido até 18h30 e a saída dele”, disse a mãe de Alekson, Aline Fernanda.
![Pais protestam em frente a escola de garoto morto após briga](https://cdn.tnonline.com.br/img/inline/650000/500x300/Cartazes-tambem-foram-fixados-na-fachada-da-escola-00657559-1-202206271952-5.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F650000%2FCartazes-tambem-foram-fixados-na-fachada-da-escola-00657559-1-202206271952.jpg%3Fxid%3D719373%26resize%3D275%252C150%26t%3D1721161311&xid=719373)
Moradora do bairro, Eliane Aparecida de Castro, também participou do protesto. Ela relatou que tem um filho, de 16 anos, que estuda na escola e, como mãe, decidiu apoiar a ação que pede justiça pela morte do menino e também mudanças no horário e alteração na direção. Eliane ainda reclama de outros problemas registrados na instituição de ensino que causam extrema preocupação. “Tem o caso de um professor que assediou uma aluna e que continua dando aula normalmente. Queremos mais segurança e também a mudança de horário”, afirma.
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PETIÇÃO
A Associação dos Moradores do Jardim Ponta Grossa está colhendo assinaturas para um abaixo-assinado que pede o fim do horário estendido. “Pedimos a mudança no horário porque as crianças estão saindo muito tarde, e no inverno às 18h30 já é noite e muitas crianças moram em outros bairros. Então é muito tarde para crianças saírem da escola”, disse o presidente da associação, João Lino.
Lino lamenta a morte do adolescente, uma vez que mora no bairro há muitos anos e conhece a família de Alekson desde a infância. “Todos estamos sentindo essa tragédia, todos estamos sofrendo. E estamos fazendo esse abaixo assinado para isso não acontecer mais. Acho que a saída às 17h15 está bom demais. A gente precisa que mude esse horário urgente”, disse.
O presidente da associação acredita que uma fatalidade dessa não poderia acontecer em um colégio cívico militar.
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ENTENDA O CASO
A morte precoce do adolescente Alekson Ricardo Kongeski, de 13 anos, causou grande comoção. O garoto se envolveu em uma briga com outros jovens no começo da noite de terça-feira (21/06).
A briga entre o garoto e um outro adolescente teria começado por volta das 18h15, após a saída do Colégio. Após a briga entre os dois, pelo menos outros cinco jovens também teriam envolvimento na confusão.
Testemunhas contaram que tentaram separar a briga, porém, os os garotos correram atrás do menino.
Ainda de acordo com testemunhas, após a briga, Alekson cai no chão desacordado e os outros garotos correram. Profissionais que atuam na UBS Maria do Café prestaram os primeiros socorros até a chegada dos Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu);
Por quase 50 minutos os socorristas tentaram reanimar o garoto, que foi levado para a ambulância e morreu a caminho do Hospital da Providência.
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