Os advogados Raphael Chamorro e Lucas Chamorro de Oliveira, defensores da vereadora de Cambira, Aline dos Santos Macedo e do marido dela, Vilson Sebastião da Silva, enviaram uma nota à imprensa sobre a prisão preventiva dos clientes. O casal foi preso na manhã de terça-feira (23) pela Polícia Civil, que investiga o crime de lavagem de dinheiro supostamente proveniente do tráfico de drogas com a compra de postos de combustíveis em Apucarana, Borrazópolis e São João do Ivaí. A defesa, no entanto, nega envolvimento do casal com o crime de tráfico de drogas e fala em investigação de "possíveis inconsistências entre faturamento e declaração de renda".
Na nota, a defesa argumenta que ainda não teve acesso aos autos do processo, que está sob segredo de justiça, o que tem limitado sua capacidade de tomar medidas assertivas para a defesa dos investigados. Os advogados afirmam ainda que vão entrar com pedido de liberdade.
Em manifestação ao TNOnline por WhatsApp, a defesa nega que a prática investigada pela Polícia Civil tenha relação com o tráfico de drogas. "Embora não tenhamos acesso à investigação, podemos afirmar que não há nenhum envolvimento com tráfico de drogas, como vem sendo veiculado. Inclusive, em todas as entrevistas do delegado responsável pela investigação, Dr. Ricardo Casanova, jamais mencionou que as investigações envolvem ilícito de tráfico de drogas, mas tão somente possíveis inconsistências entre faturamento e declaração de renda", afirmou o advogado Raphael Chamorro.
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De acordo com o delegado Ricardo Casanova, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, a vereadora e o marido dela seriam os chefes de um grupo criminoso, que teria movimentado mais de R$ 20 milhões em 8 anos com a lavagem de dinheiro.
"Apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas era a constituição e aquisição de diversos estabelecimentos comerciais, dentre estes, postos de combustíveis nos municípios de Apucarana, São João do Ivaí e Borrazópolis", explicou o delegado Ricardo Casanova na terça-feira.
Veja a nota na íntegra, assinada pelos advogados Raphael Chamorro e Lucas Chamorro de Oliveira:
"Como advogados de Aline dos Santos Macedo e Vilson Sebastião da Silva, atualmente sob custódia preventiva, desejamos informar à imprensa e ao público em geral o seguinte:
Até o presente momento, a defesa não teve acesso ao processo, que está sob segredo de justiça. Esta condição limita a nossa capacidade de tomar medidas mais assertivas e fundamentais para a defesa dos investigados.
É importante destacar que Aline dos Santos Macedo e Vilson Sebastião da Silva colaboraram ativamente com as autoridades, prestando depoimentos esclarecedores aos fatos investigados pelo delegado que preside o inquérito. Tal cooperação é um testemunho de seu interesse em esclarecer todas as questões pertinentes o mais brevemente possível.
Nesse contexto, informamos que será protocolado um pedido de revogação das prisões preventivas em breve. A defesa acredita firmemente que os requisitos legais para a manutenção desta modalidade de prisão não se encontram presentes no caso em análise.
Confiamos que o Poder Judiciário, ao revisar nosso pedido, reconhecerá a ausência dos requisitos necessários para a manutenção da prisão preventiva e concederá a liberdade dos envolvidos".
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