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PRESO NA TAILÂNDIA

Apucaranense foi cooptado pelo tráfico, afirmam advogados

Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, permanece preso na província de Samut Pakan, na Tailândia, após ser flagrado com 6,5 kg de cocaína

Da Redação

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Apucaranense foi cooptado pelo tráfico, afirmam advogados
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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.02.2022, 20:39:59 Editado em 25.02.2022, 21:14:41
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A defesa do apucaranense Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, preso com cocaína na Tailândia, afirma que ele foi cooptado pelo tráfico de drogas. O jovem foi preso na semana passada com 6,5 quilos do entorpecente no Aeroporto de Suvarnabhumi, em Bangkok, junto com outros dois brasileiros. O advogado criminalista Petrônio Cardoso, que atua na defesa do apucaranense, encaminhou documentação à embaixada brasileira na capital tailandesa com certidões negativas do jovem a fim de comprovar que Beffa não possui antecedentes criminais.

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"Jordi não é um traficante, não ostenta riqueza, não tem carro. Ele levava uma vida regrada em Apucarana, estava trabalhando de forma registrada na indústria de confecção de máscaras e era um bom funcionário. Infelizmente acabou sendo cooptado pelo tráfico de drogas para trabalhar de 'mula', e acabou sendo preso do outro lado do mundo", disse o advogado em entrevista à repórter Silvia Vilarinho, na edição desta sexta-feira (25) do Jornal da Tribuna.

Cardoso acredita que o jovem tenha sido atraído por meio das redes sociais e provavelmente tenha se iludido com a promessa de viajar para um país paradisíaco e ganhar dinheiro fácil. “As pessoas vão se aproximando, vendendo ilusão, se encontrando em festas, bares, formatando dentro da cabeça a ideia de visitar o paraíso, no caso a Tailândia. A cidade onde fica o presídio onde Beffa está preso é maravilhosa, paradisíaca. Infelizmente ele está dentro de um presídio, mas era para passear, conhecer a cidade e ganhar um dinheiro fácil, enriquecer, mas não é essa a realidade do tráfico”, assinalou.

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O advogado disse que reconhece que o jovem errou e que deve pagar pelos seus atos, no entanto, por ser réu primário, merece uma pena justa. Cardoso conta com o auxílio do advogado Matheus Machado que foi responsável pelos primeiros contatos com a embaixada e que agora tenta acionar advogados tailandeses, uma vez que a legislação daquele país exige que a defesa seja feita exclusivamente por advogados de lá. "Embora exista toda a dificuldade do idioma, estamos buscando a melhor defesa possível para o Jordi", afirmou Machado.

"É humanamente impossível os pais dele pagarem os custos processuais. A família mora em uma casa simples, o pai é porteiro a mãe é aposentada e juntos ganham dois salários mínimos. Nós aceitamos esse encargo de tentar apresentar a melhor defesa possível e Estamos em contato com universidades e os advogados sem fronteiras para encontrar um defensor público que dê a ele o sagrado direito de defesa”, complementou Petrônio.

PENAS RÍGIDAS

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O advogado Matheus Machado confirma que a Tailândia possui penas rígidas contra o tráfico de drogas, mas explica que a legislação varia de acordo com o tipo e a quantidade de entorpecente. A lei tailandesa prevê penas que variam de 5 a 20 anos de prisão, prisão perpétua e até pena de morte para pessoas flagradas com drogas, dependendo o tipo e a quantidade do entorpecente. "Realmente existe pena de morte e prisão perpétua na Tailândia, todavia, o tráfico de cocaína se enquadra no tipo dois. Como Jordi não é traficante, ele foi usado para transportar a droga, há possibilidade de minorar a situação”, afirma Machado.

Segundo ele, o objetivo da defesa é provar à Justiça tailandesa que o jovem foi usado por criminosos, para que ele seja liberado e possa responder em liberdade aqui no Brasil.

Beffa está preso na província de Samut Pakan e ficará em isolamento até 7 de março, por conta das medidas preventivas contra a Covid. De acordo com os advogados, o país vive a quinta onda da doença e adotou medidas relativas aos detentos, proibindo qualquer tipo de contato no período de 20 dias. "A Tailândia é um país muito fechado, com a sexta maior população carcerária do mundo. São mais de 360 mil pessoas presas, 70% ligadas ao tráfico de drogas”, informou Petrônio.

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Assista o vídeo e confira a entrevista completa.

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