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Após protestos, técnico do NRE vai atuar junto à comunidade escolar

Diretor do Colégio Canale, professor Canela, está em período de férias a partir desta terça-feira

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.06.2022, 20:16:39 Editado em 28.06.2022, 11:09:21
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Alvo de protestos de pais de alunos, o diretor do Colégio Cívico-Militar Padre José Canale, Roberto Carlos de Oliveira, popularmente conhecido como Canela, entra em férias a partir desta terça-feira (28). Na noite desta segunda-feira (27), um técnico pedagógico do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana foi destacado para conversar a comunidade escolar.

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No protesto realizado em frente a instituição de ensino localizada no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana, no norte do Paraná, liderado por familiares de Alekson Ricardo Kongeski, os manifestantes pediram justiça, segurança e a saída do diretor.

Após uma reunião a portas fechadas dentro da escola, com integrantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), foi decidido que a partir desta terça-feira (28), o técnico pedagógico do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, Robson Desidera vai atuar junto à comunidade.

"O chefe do NRE tomou essa primeira medida cautelar. Estarei a partir de terça como representante do núcleo, não como diretor, que fique claro, para poder dar um encaminhamento para a comunidade", informou.

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Desidera informou ainda que, nesta semana, o horário de saída será adiantado para às 17h50. Alguns ajustes devem ser feitos no decorrer da semana na carga horária do turno matutino, possibilitando encurtar ainda mais o horário do turno da tarde, para que a última aula termine às 17h30.

A informação que o diretor entra em férias foi fornecida pelo seu advogado, Vitor Hugo Kutelak de Oliveira, que reiterou que Canela não está afastado. "Ele entra em férias a partir de amanhã (terça), mas continua como diretor", disse. Em referência aos fatos, o advogado fez questão de lembrar à comunidade que, no dia e horário do ocorrido, por volta das 19 horas, o diretor Canela já nem estava mais na instituição, uma vez que cumpriu horário normal, até às 17h30.

Segundo o NRE, no período de férias do diretor, dois funcionários do órgão estarão no colégio para dar suporte à comunidade escolar.

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							Após protestos, técnico do NRE vai atuar junto à comunidade escolar
Icone Camera Foto por Silvia Vilarinho/Tnonline
Manifestação reuniu dezenas de pessoas em frente ao Colégio Canale

PROTESTO

Um grupo formado por familiares e amigos do adolescente fizeram um protesto na tarde desta segunda-feira (27), em frente ao colégio. A ação, realizada quase uma semana após a morte do garoto, pediu justiça pela morte do adolescente, mais segurança para os alunos da instituição, mudança na carga horária e também a saída do diretor da instituição de ensino Roberto Carlos de Oliveira, o Canela.

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Dezenas de pessoas foram até a porta principal do colégio, portando faixas com os dizeres ‘Justiça Pelo Alekson, reinvindicação para o horário de saída às 17:15 e mais segurança nas escolas’. Cartazes também foram fixados na fachada da escola com pedidos de ‘Fora Canela’ e ‘Justiça’. Como trata-se de uma instituição cívico-militar, a carga horária é estendida, com o término da 6ª aula às 18h30.

"O dia que precisou de polícia aqui não tinha. Depois que um adolescente morre, o Colégio Cívico Militar coloca policial aqui. No dia ele (o diretor) disse que não podia fazer nada porque do portão para dentro era responsabilidade dele e do portão para fora não era. Pedimos o fim do horário estendido até 18h30 e a saída dele”, disse a mãe de Alekson, Aline Fernanda.

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Moradora do bairro, Eliane Aparecida de Castro, também participou do protesto. Ela relatou que tem um filho, de 16 anos, que estuda na escola e, como mãe, decidiu apoiar a ação que pede justiça pela morte do menino e também mudanças no horário e alteração na direção. Eliane ainda reclama de outros problemas registrados na instituição de ensino que causam extrema preocupação. “Tem o caso de um professor que assediou uma aluna e que continua dando aula normalmente. Queremos mais segurança e também a mudança de horário”, afirma.

PETIÇÃO

A Associação dos Moradores do Jardim Ponta Grossa está colhendo assinaturas para um abaixo-assinado que pede o fim do horário estendido. “Pedimos a mudança no horário porque as crianças estão saindo muito tarde, e no inverno às 18h30 já é noite e muitas crianças moram em outros bairros. Então é muito tarde para crianças saírem da escola”, disse o presidente da associação, João Lino.

Lino lamenta a morte do adolescente, uma vez que mora no bairro há muitos anos e conhece a família de Alekson desde a infância. “Todos estamos sentindo essa tragédia, todos estamos sofrendo. E estamos fazendo esse abaixo assinado para isso não acontecer mais. Acho que a saída às 17h15 está bom demais. A gente precisa que mude esse horário urgente”, disse.

O presidente da associação acredita que uma fatalidade dessa não poderia acontecer em um colégio cívico-militar.

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