Cascavel, urutu-cruzeiro, jararaca, surucucu e coral. Essas são algumas espécies cobras venenosas que habitam em Apucarana e região. No último fim de semana, uma cobra urutu cruzeiro foi morta por moradores do Jardim Milani, na zona sul da cidade. Testemunhas disseram que antes de ser morta a serpentes quase picou um homem. Ainda em Apucarana, um jovem de 21 anos foi picado por uma jararaca nas dependências de uma empresa de reciclagem no Parque Industrial Sul. Já na zona rural de Jandaia do Sul, um homem acabou picado por uma cascavel recentemente quando estava na região do Marumbizinho. As vítimas receberam soro antiofídico e passam bem.
O veneno destas serpentes que habitam na região de Apucarana são considerados muitos tóxicos e o Corpo de Bombeiros alerta que a população não deve chegar perto evitar risco de picada. Também não se deve matar os animais peçonhentos, mas sim fazer contato pelo 193 quando a cobra ou outros animais oferecerem risco, ou seja, em caso de invasão do quintal ou até mesmo da casa.
“O veneno da cobra é como se fosse uma ‘glândula salivar’ cuja secreção é especializada em paralisar, lubrificar e iniciar a digestão da vítima”, explica Marisa Rocha, pesquisadora do Instituto Butantan, de São Paulo.
Segundo ela, a espécie que mais ocasiona acidentes é a jararaca, responsável por cerca de 90% dos ataques, mas o número de óbitos deles decorrentes chega a apenas 0,5% dos casos.
A cascavel tem um índice de acidentes bem menor – cerca de 8% dos casos -, mas a taxa de mortalidade chega a 2%. Geralmente, as serpentes ficam escondidas e camufladas, e por esse motivo as pessoas as pisam, ou as seguram e apertam, ocasionando os ataques.
Em caso de acidentes, a vítima deve lavar o local e não cobrir a área, e buscar imediatamente atendimento médico. É importante informar características sobre o animal que atacou, para auxiliar no atendimento.
O que não se deve fazer em caso de picada de cobra
Amarrar o membro ferido – Isso, além de não impedir a absorção do veneno, pode dificultar a circulação do sangue, ocasionando necrose.
Cortar o local da picada – Alguns venenos provocam hemorragias e, assim, o corte só irá piorar a situação – sem contar que o corte secundário abrirá uma porta para novas infecções.
Chupar o local da picada – É medida inútil e perigosa; após a inoculação, é impossível retirar o veneno do corpo.
Colocar ervas, pó de café e querosene no ferimento – Isso só provoca infecção no local da picada.
Dar para beber ao paciente querosene ou álcool, entre outras bebidas do gênero – Pode provocar intoxicação.
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