A Polícia Civil de Apucarana concluiu nesta sexta-feira (8) a operação que culminou na prisão de uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas, tortura e homicídio. As investigações começaram a partir da localização de dois corpos esquartejados, que foram retirados de uma fossa desativada e enterrados aos fundos de um cafezal, no Parque Bela Vista. No total, 11 suspeitos foram presos, além do chefe do bando que já está detido na Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL).
O delegado José Aparecido Jacovós, chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), disse que o detento comandava todas as ações da quadrilha por telefone. "Usando um celular dentro da penitenciária Amador Mariano da Silva comandava o tráfico no Parque Bela Vista, ordenava torturas contra vítimas, e execuções", revela o delegado.
De acordo com ele, o detento foi preso durante ação da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) e por isso nomeou César Ferrari como 'gerente'. Ele foi preso em 31 de agosto, em Sarandi, e é apontado como o assassino de Arislian Glenda Lemos, de 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos. O casal foi morto por causa de dívidas.
Com a prisão de Ferrari, Jonatan Rafael Alves Primo, conhecido como Japonês, ficou responsável por comandar o tráfico de drogas no bairro. Ele e outros envolvidos como a esposa de Amador e a mãe de Ferrari foram presos.
Segundo o Jacovós, a polícia conseguiu interceptar as conversas telefônicas dos suspeitos. Os áudios confirmam o envolvimento dos 11 detidos nos crimes.
"De dentro de uma penitenciaria os presos estão utilizando celulares para ordenar mortes, torturas, vender drogas. Parece que estão na casa deles", comenta.
Jacovós informou que a maior parte da quadrilha foi presa, contudo, existem outros suspeitos que continuam em liberdade.
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