A Polícia Civil cumpriu mandados judiciais e prendeu ontem (28) Silvana Perez dos Santos Ferrari, 43 anos, e Caroline Durand dias Xavier, de 19 anos, na terceira fase da Operação Parque Bela Vista, na zona norte de Apucarana.
De acordo com a polícia, as duas são suspeitas de associação para o tráfico de drogas. Silvana é mãe de César Henrique dos Santos Ferrari, suspeito de participar da morte e esquartejamento de um casal. Já Caroline é esposa de um suspeito de tráfico que está preso em Londrina. Os corpos do casal foram jogados dentro de um poço, no Parque Bela Vista.
Também foram cumpridos mandados contra o próprio Cezar Ferrari e Amador Mariano da Silva por envolvimento no crime que deixou a população de Apucarana chocada.
Localização dos corpos
Os corpos esquartejados das vítimas foram desenterrados de um cafezal, na região do Parque Bela Vista, e desovados em um poço desativado, onde foram localizados em 2 de agosto.
De acordo com a polícia, César Henrique dos Santos Ferrari é o autor dos homicídios. Segundo a investigação, ele atua como traficante na região do Parque Bela Vista.
Após localizar os corpos - que seriam de Arislian Glenda Lemos, de 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos - a polícia prendeu dois suspeitos. Marcos Rafael Bota, de 23 anos, foi preso por suspeita de ocultação de cadáver.
Ele estava no local com um carrinho de mão e uma faca. Ao dar prosseguimento com as investigações, a Polícia Civil chegou a Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos. Ele teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Mandaguari, onde estava escondido na casa da irmã.
Cavou cova para pagar dívida
Rogério confessou que era usuário de drogas e comprava entorpecentes na chácara, que fica na Rua Juvenal Cantador. Com uma dívida de R$ 80, ele conta que foi obrigado a cavar uma cova entre os pés de café na chácara, para quitar o débito. Ele nega participação na morte das duas vítimas encontradas no local.
Cafezal
A Polícia Civil descobriu que o cafezal, onde os corpos foram encontrados, foi tomado pelo traficante e era usado pelo crime organizado.
Por estar sob linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão, o local fica dentro do espaço de domínio da Eletrosul, empresa subsidiária da Eletrobras e responsável pelas linhas de transmissão em toda a região Sul do país.
De acordo com a Polícia Civil, o local havia sido ocupado há cerca de 13 anos por um homem, que passou a viver no local e a plantar café. No entanto, ainda segundo os policiais, o homem foi expulso da terra por traficantes de drogas daquela região.
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da Tribuna do Norte - Diário do Paraná
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