O grande dilema do processo de crescimento econômico é como promover a evolução da renda per capita, ou seja, dos indivíduos, os processos de ciclos econômicos estão intimamente ligados com a expansão da renda, e têm importante função na promoção do consumo local/regional para o fortalecimento de ciclos futuros. Expansão dos ciclos pressupõe que consumo e investimentos precisam ser cada vez maiores, quando consumo e investimentos caem os ciclos de expansão sofrem soluços que podem comprometer o crescimento em longo prazo.
Cuidados com a desvalorização da moeda e o controle de preços também é importante para preservação de renda. A grande preocupação é criar uma capacidade que envolve diversas variáveis, na promoção de um crescimento continuado que vai fortalecer a renda per capita e vai permitir uma expansão econômica vigorosa e duradoura jogando a economia da região e do país em novo patamar evolutivo.
Essa capacidade depende de recursos e eficiência na aplicação desses recursos, às respostas que cada região pode dar. Normalmente uma região se difere de outra nas respostas em função de suas vantagens comparativas diferenciadas, uma proporção desse fator é se a capacidade tecnológica embarcada nessa região, pode favorecer a implantação das ações e suas respostas; a outra questão é a capacidade técnica produtiva da região que tende a estar fortemente amparada nos aspectos técnicos e educacionais que ali vigoram. São variáveis que mexem muito com o processo de crescimento econômico. Quando uma dessas variáveis é insuficiente pode ocorrer redução no processo de crescimento e, as respostas esperadas podem ser insatisfatórias. Verifica-se que alguns ingredientes funcionam como pré-requisitos para o processo de crescimento e desenvolvimento econômico local, regional e do país.
Em última instância, para a promoção da renda per capita de todos os que ali habitam, convivem, promovem e renovam o seu ciclo de vida, o investimento em recursos humanos e capital físico é primordial para a expansão dos ciclos de crescimento econômico. Esses investimentos estão balizados em educação, infraestrutura, conectividade tecnológica, investimentos em máquinas e equipamentos, novas plantas industriais e novos aparatos de modernização tecnológica efetuados pelo poder público e pelas empresas. Por outro lado, é preciso integrar cada vez mais a relevância da economia regional com a adesão das diversas instituições regionais com afinada coordenação para a tomada de importantes decisões e implementação de ações – de políticas – que levem a novos níveis de crescimento, créditos tributários e incentivos de parcerias públicas privadas e sociais da economia criativa, fazem parte desse pacote.
A acumulação de capital gerada no ciclo anterior, tende a dar novo impulso no ciclo seguinte, com a coordenação adequada e bem afinada, envolvendo-se todas as instituições locais e regionais, sendo possível maximizar o potencial de investimento de uma região, de um estado e de um país. Quando o processo começa a se disseminar, os investimentos desagregados passam a influenciar uma corrente agregada que ao longo dos ciclos econômicos seguintes, passa a fazer parte de um conjunto padrão de políticas de indução. Logo, a corrente passa a envolver múltiplos incentivos e ações de políticas regionais e, com a inter-relação e coordenação poderão gerar um sistema padrão de múltiplos incentivos, com respostas positivas para a expansão da renda per capita, do crescimento e do desenvolvimento local, regional e nacional.
As políticas precisam ser claras, com adesão social e bem calibrada, na direção da promoção da renda, com melhorias salariais e de dinamização econômica. O desenvolvimento econômico é importante quando pode envolver a todos. O mesmo projeto pode ser realizado numa região com um preço e em outra região a um preço mais alto, porque as respostas não são iguais em todo lugar, sempre buscando enaltecer as vantagens comparativas regionais. Pode ser que haja uma oportunidade específica de investimento baixo para dada região e, pode-se exigir um aparato de investimentos acima nas demais regiões, mas que também pode oferecer respostas positivas acima da média. Embora os investimentos possam ser diferenciados ou iguais em cada região, elas não podem ficar de fora de um planejamento macro regional, seja no estado ou no país na busca de fomento do crescimento e desenvolvimento integrado.
Vale ressaltar a importância da qualificação da força de trabalho local, regional e nacional, em última instância é a qualificação da força de trabalho que vai dar as respostas que o coordenador das ações de política regional espera receber. Sem a necessária qualificação pessoal da força de trabalho, para lidar com os novos aparatos tecnológicos que estão chegando, não é possível obter as resposta esperadas. Quando os resultados de crescimento e desenvolvimento são positivos e visíveis às unidades familiares, ampliam seu volume de consumo, com respostas imediatas no padrão de demanda das empresas para novos produtos e melhorias de processos produtivos. Por outro lado, quando isso não acontece de forma positiva às famílias, tendem a migrar de uma região para outra, em busca de novas oportunidades e os ciclos econômicos padecem desníveis sequenciais, o que tende a retardar o processo de crescimento e desenvolvimento econômico. Logo, é preciso planejar e desenvolver ações de coordenação efetivas, para resultados positivos, de melhoria da renda per capita, para que o crescimento e o desenvolvimento econômico se processem de forma saudável, integrada e para o bem de todos.