Diversos profissionais ajudaram a construir os 30 anos de história da Tribuna do Norte. Colaboradores que passaram pela empresa e ajudaram a formar a marca que é forte até hoje e têm muitas histórias para contar. Um deste profissionais é o jornalista Eloir Rodrigues. Ele conta que sua trajetória na Tribuna foi de aprendiz a diretor.
“Cheguei na Redação da Tribuna do Norte ainda menino, em julho de 1994. Tinha apenas 16 anos de idadeNeste momento começava efetivamente a minha trajetória como jornalista. Naquele prédio da Rua Ponta Grossa, em Apucarana, onde ficava a antiga sede da Tribuna do Norte eu dava os primeiros passos na carreira”, lembrou.
O jornalista conta que na Tribuna, acompanhou a evolução tecnológica das Redações. “A Tribuna foi a minha grande escola. Ali eu vivenciei a informatização das redações. A TN foi um dos primeiros jornais do Paraná a trocar as máquinas de escrever pelos computadores. Fui testemunha ocular das mudanças de hábitos. Lembro de ver os companheiros da ‘velha guarda’ usando os teclados como máquinas de escrever. Lembro do antigo ‘telex’ e do fax no canto da redação. Lembro também dos diagramadores com lápis e papel nas mãos desenhando as páginas do jornal. Lembro da moderna rotativa e do cheiro de tinta que vinha da gráfica”, disse.
E em meio a tantas lembranças, Rodrigues considera que o maior patrimônio que conquistou foi o conhecimento. “Esse conhecimento me foi generosamente repassado pelos jornalistas daquela época, que me ensinaram, na prática, a fazer jornalismo. Fiquei até março de 1998 quando deixei Apucarana para fazer o curso de Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Na bagagem levava toda a experiência da Tribuna e o sonho de garantir um diploma” afirmou.
O jornalista lembra que algum tempo depois, o aprendiz se tornou diretor. “Três anos depois, numa bela manhã, recebo um convite especial do Taquinho para voltar para Apucarana, agora como diretor de Redação da Tribuna. Era desafio gigantesco, agora com 21 anos, voltar para a minha cidade para comandar, com muita honra, a equipe de profissionais com quem aprendi a ser jornalista. Foram dois anos fantásticos. A liberdade, autonomia e estrutura proporcionadas pela direção da empresa, tudo isso associado à qualidade dos profissionais que integravam a redação, permitiram uma rica produção jornalística. Logo em seguida voltei a Ponta Grossa para concluir o curso de Jornalismo. Depois passei um tempo em Portugal, onde fiz mestrado em Comunicação. E voltando para Ponta Grossa, onde permaneço até hoje, nunca perdi totalmente os laços com a Tribuna do Norte. Hoje, em PG, sou diretor do Grupo aRede. Nosso grupo inclui o Portal aRede, o Jornal da Manhã, diversas outras publicações, projetos especiais e plataformas digitais”, contou.
“Nesta história a figura do jornalista Baltazar Eustáquio de Oliveira, o meu amigo Taquinho, possui um protagonismo inconteste. Foi ele quem me deu a oportunidade de, ainda menino, entrar e aprender numa redação. Ele confiou no meu trabalho e, mesmo depois, quando eu já estava em Ponta Grossa, foi um parceiro e incentivador dos projetos que hoje resultam no Grupo aRede. Minha eterna gratidão, consideração e respeito”, finalizou.
O fotógrafo Jair Ferreira também fez parte desta história. Sócio em uma empresa de fotografias em Apucarana, o profissional ostenta o título de primeiro funcionário registrado pela empresa. “Eu comecei no Jornal do Norte em agosto de 1988, depois em 1989 fui servir ao exército e voltei em 1990. Em 1991 houve a fusão dos dois jornais da cidade Tribuna da cidade e Jornal do Norte, de onde nasceu a Tribuna do Norte. Fui o primeiro a ser registrado nessa fusão”, lembra.
Ele se lembra de momentos marcantes na carreira. “Tive a experiência de fotografar a seleção brasileira em Paranavaí, Londrina, Foz do Iguaçu e Curitiba. Os presidentes Fernando Henrique, que passou em Apucarana na sua campanha e depois, inaugurando a Vila Rural Nova Ucrânia. O Presidente Lula quando candidato também”, lembrou.
Sócio em uma agência de conteúdo, Jian Papa também fez parte do time da Tribuna. Ele lembra com carinho da época. “A princípio fui convidado pelo editor da Tribuna da época, Eloir Rodrigues, para cobrir ferias como repórter fotográfico, em março de 2000. Era recém-formado pela UEPG, mas já tinha trabalhado em Ponta Grossa como Repórter e Repórter Fotográfico. A ideia era ficar dois meses mesmo e depois voltar para o Diário dos Campos em Ponta Grossa. Os dois meses viraram 3 anos. A Tribuna foi uma escola e me abriu varias e grandes portas que soube aproveitar”, disse.