Modelo relata que foi estuprada por Bruno Krupp, preso por matar jovem

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 04/08/2022
Priscila Trindade contou com detalhes como sofreu o abuso do modelo Bruno Krupp por meio das redes sociais

O modelo e influenciador digital Bruno Krupp, que está preso preventivamente por ter atropelado e matado um adolescente, de 16 anos, é acuso de estupro por uma modelo. Priscila Trindade utilizou uma rede social para divulgar o caso.

Segundo a jovem, o abuso aconteceu há seis anos, eles ficaram na época, mas, após ser vítima de estupro, ela foi desencorajada a revelar o caso. 

"O que aconteceu comigo foi há muitos anos, na época em que conheci ele... Eu o conheci numa roda de amigos, flertamos e depois de alguns flertes aceitei ir até a casa dele em Niterói para irmos a uma festa", contou ela, acrescentando ainda que resolveu dormir na casa de Bruno, pois morava no Rio.

Krupp teria deixado Priscila em sua casa e voltado para a festa, só retornando definitivamente depois. “Ele chegou bêbado às 6h da manhã e me pegou à força. Falei várias vezes para ele parar e ele literalmente me forçou. Forçou MESMO. Depois de muito relutar, cedi e foi horrível. Era muito constrangedor porque, se eu gritasse, iria acordar a casa inteira e não tive coragem de ter uma atitude mais drástica. No meio da situação, ele pegou o celular e ainda tentou me gravar sem roupa na cama dele. Fiquei chateada, mas ele falava tanta coisa idiota que eu só pensava em ir embora", disse Priscila através dos stories. 

Foto por Reprodução/Instagram
A modelo divulgou o caso nos stories do Instagram
 

Ainda conforme a modelo, ela não se sentiu à vontade na época para denunciar o caso, pois se sentiu julgada por ter ficado com Bruno. 

Trindade se sentiu encorajada a divulgar o caso após uma outra mulher ir à Delegacia da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para denunciar que foi abusada sexualmente também pelo modelo Bruno Krupp. No entanto, o influencer nega ter cometido o crime. 

Trindade também pediu para que outras possíveis vítimas contassem suas histórias e postou alguns relatos parecidos, sem identificação das meninas e que teria recebido por suas redes sociais. Todos falando de possíveis abusos realizados pelo modelo e influenciador digital.

Foto por Reprodução/Instagram
A jovem pediu para que outras possíveis vítimas contassem suas histórias
  

Outros inquéritos

Bruno Krupp também é investigado na polícia por acusações de estelionato e estupro.

A acusação de estupro foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam). Em depoimento, uma mulher relatou que foi até o apartamento de Bruno Krupp e que ele a teria estuprado. No relato, ela diz que pediu que Bruno parasse, sem ser atendida. Ele nega.

A acusação de estelionato foi registrada na 15ª DP (Gávea). Em 2021, uma gerente de um hotel na Zona Sul contou que o cartão de um cliente fora recusado, e o mesmo aconteceu com diversos outros clientes.

Ao conversar com quem teve o cartão recusado, a mulher relatou que todos afirmaram que Bruno Krupp oferecera diárias no hotel a preços menores do que no site do estabelecimento, e que para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deviam fazer um pagamento em uma conta em nome de outra pessoa.

A fraude, segundo a gerente, foi estimada em R$ 428 mil. Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões.

Prisão preventiva 

A Justiça do Rio de Janeiro expediu um mandado de prisão contra o modelo e influenciador digital Bruno Krupp, de 25 anos, responsável por atropelar e matar um adolescente no Rio de Janeiro. A prisão aconteceu na manhã desta quarta-feira (3). 

Bruno foi encontrado em um hospital no Méier, apesar de ter recebido alta do Lourenço Jorge ainda no domingo. O modelo, que não Carteira Nacional de Habilitação (CNH), atropelou e matou João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no último sábado (30). 

De acordo com a Justiça do RJ, Krupp responde por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Quando o atropelamento aconteceu, o influencer pilotava uma motocicleta sem placa e em alta velocidade. 

Um policial militar disse em um depoimento que a perna esquerda de João Gabriel foi amputada na hora do impacto e parou 50 metros à frente do acidente.

A perna chegou a ser colocada em uma caixa térmica com gelo para ser preservada, enquanto o estudante João Gabriel era socorrido na pista. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.

Mais detalhes sobre o atropelamento

Três dias antes de atropelar e matar o adolescente, Bruno foi parado em uma blitz da Lei Seca com a mesma moto que pilotava na noite do acidente. Assim como na noite de sábado (30), na quarta-feira (27), o veículo também estava sem placa.

O modelo recebeu três multas – além da falta de placa e carteira, ele se recusou a soprar o bafômetro – somando R$ 4 mil e teve a moto, um Yamaha cinza, apreendida, mas a recuperou a tempo de pilotar no sábado (30). O veículo foi novamente apreendido, desta vez levado à delegacia.

Com informações do site G1.