O relatório técnico feito por pesquisadores do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), será apresentado à equipe de transição de Lula, comandada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). O documento feito a pedido da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aponta várias falhas, além do risco econômico contido na proposta atual, que foi desenhada pelos governos federal e estadual.
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A decisão de encaminhar o relatório feito por pesquisadores do ITTI, que inclusive já foi tema de audiência na Assembleia Legislativa, foi tomada durante reunião na manhã desta terça-feira (08/11) com deputados integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio. O documento deverá ser entregue nos próximos para a equipe de transição de governo.
“Defendemos o pedágio proposto por Lula, de manutenção nas praças já instaladas, com preço justo e de qualidade. Esta semana estarei em Brasília, conversando com a equipe de transição do governo, para alinhar as tratativas de implantação do pedágio no estado”, revela o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT).
O deputado Arilson observa que, além do documento feito pelo ITTI, será apresentado para a equipe de transição documentos reunidos pela própria Frente Parlamentar durante as audiências públicas realizadas em mais de vinte cidades de diferentes regiões do Paraná.
“Estou muito confiante que essas informações vão traçar um novo rumo para o pedágio no Paraná, uma vez que o presidente Lula já sinalizou sua preocupação sobre o tema. Ele acredita que tem espaço e vai trabalhar para um pedágio mais justo e que caiba no bolso do povo paranaense”, afirma.
Ainda segundo o coordenador dos trabalhos, um requerimento será feito para identificar em qual estágio está a atual proposta de pedágio. “Precisamos saber se as demandas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) foram acatadas.
Um relatório feito pelo TCU no início de outubro sugeria novas audiências públicas, criação de conselhos de usuários em cada lote da licitação, conforme proposto pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná, para acompanhar todo o processo, garantias para realização dos investimentos e reavaliação das desapropriações.
Ao todo, o documento apresentou 12 determinações, 8 recomendações, 1 informação para a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) de orientação da Frente Parlamentar sobre o Pedágio.
PRINCIPAIS PONTOS
A Frente Parlamentar Sobre o Pedágio defende a suspensão da atual licitação, que prevê a implantação de mais 15 praças, um contrato de 35 anos, com tarifas que podem ficar 40% mais caras após o fim das obras.