Nesta terça (2), os comentaristas da Jovem Pan, Augusto Nunes e Guilherme Fiuza, criticaram o “toque de recolher”, estipulado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, do Paraná, decretado a partir desta quarta-feira (3). O prazo de vigência é de 15 dias, que pode ser prorrogado ou não, entre o horário das 23 às 5 horas.
Para Fiuza, a medida estipulada pelo governo não é um bom caminho. “O governador do Paraná é notívago. Ele tem firme convicção, baseado em alguma ciência de fundo de quintal. Eu custo a crer que em pelo século XXI, vendo esses dispartes durante quase um ano de pandemia. Quero perguntar quais são as medidas para o transporte público. O que temos visto no mundo todo é que não há isolamento no transporte público. O povo está abastecendo as quarentenas VIPs”, critica.
O comentarista ainda acrescentou dizendo que a população está se acostumando calada com esse tipo de situação. “O toque de recolher é uma medida de exceção. Isto solapa a democracia e fere os direitos fundamentais e constitucionais. A população está se acostumando essas ações discricionárias caladas. Isso não é um bom caminho. É preciso contestar essas autoridades. O senhor Ratinho Junior pode tomar essa medida, que não sei se ele considera que seja salvar vidas. É preciso ter um laudo, sem laudo ele passa um atestado de ditador”, acrescenta.
Na opinião de Augusto Nunes, o governo está brincando com “coisa” séria. “Eu estive no chile no começo dos anos 90, um ano antes do golpe Pinochet. Fui cobrir uma greve de donos de empresa de transportes e decretaram o toque de recolher em Santiago. Eu passava pelas ruas e eu via franco atirados nas janelas, um dos confrontos mais violentos do continente. Você fica tenso e pode acontecer incidente. O toque de recolher é grave, muito no limite. Uma situação política que eles nunca viram. É muito ridículo o que faz essa turma do lockdown. Ridículo e inútil”, complementa.
Assista ao vídeo da Jovem Pan: