Projeto quer garantir a conservação dos parques estaduais

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 15/09/2017
iniciativa do Governo do Estado visa garantir a conservação da natureza nessas áreas. Foto: Assessoria

Encerrou esta semana o prazo para apresentação dos projetos e estudos de viabilidade relativos a novos modelos de gestão das unidades de conservação (UC’s) no estado do Paraná. Trata-se do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) do Projeto Parques do Paraná, iniciativa do Governo do Estado que visa garantir a conservação da natureza nessas áreas, ampliação do número de visitantes nos parques e a geração de emprego e renda às populações do entorno. 

As empresas inscritas receberam, em março deste ano, autorização do governo para realização dos estudos relativos aos parques estaduais do Monge, na Lapa; de Vila Velha, em Ponta Grossa, e Guartelá, em Tibagi, com prazo de 180 dias para conclusão.

Com base nos estudos apresentados será definido o modelo e elaborado edital de licitação para concessão da administração dessas UC’s para a iniciativa privada. O evento contou com a presença de uma comissão formada por membros da SEMA, IAP, Secretaria do Planejamento e da Coordenadoria de Concessões e Parcerias da Casa Civil, além de representantes das empresas interessadas.

Segundo o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, o projeto é importante não somente para a preservação da biodiversidade nas unidades de conservação do estado, mas também para a melhoria da infraestrutura e da qualidade de vida da população. “O objetivo é aumentar a eficiência na administração dos parques, oferecer maior qualidade nos serviços prestados à população, melhorar a infraestrutura nas Unidades e promover incremento na economia dos municípios da região de influência, gerando emprego e renda para a população”, afirma Bonetti.

“O Projeto Parques do Paraná desonerará o Estado das tarefas administrativas de manutenção dos parques, além de trazer várias melhorias nos serviços, aumentando a demanda de público e potencializando o turismo ambiental. Com a oferta de mais serviços e mais atendimentos, com melhor qualidade e explorando o potencial turístico dos parques, os principais beneficiados serão os visitantes”, afirmou Juraci Barbosa, secretário do Planejamento e Coordenação Geral.

“De posse dos estudos de viabilidade técnico-operacional, econômico-financeira e jurídico-institucional apresentados, cabe agora aos técnicos das instituições envolvidas avaliar os projetos, decidir qual deles melhor se enquadra nas exigências e elaborar o edital de licitação”, explicou Maira Cardoso Faria Moraes, coordenadora substituta de Biodiversidade e Florestas da SEMA.

PARQUES DO PARANÁ
O Projeto Parques do Paraná é uma iniciativa do Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que tem como objetivo a inovação na gestão nas unidades de conservação do Estado, através do fomento à atividade turística sustentável.

Os princípios norteadores das ações são a conservação da natureza nas áreas, a melhoria da infraestrutura dos parques e do entorno, o envolvimento da população de municípios vizinhos, estímulo ao empreendedorismo e a geração de empregos.

O projeto abrange outras Unidades de Conservação e que não foram contempladas nesta fase. São eles o parque do Pico Marumbi, em Morretes; Serra da Baitaca, na Região Metropolitana de Curitiba; Lago Azul, em Campo Mourão, São Camilo, em Toledo; Rio da Onça, em Matinhos; Ilha do Mel, em Paranaguá; Cerrado, em Jaguariaíva; Campinhos, em Tunas do Paraná; Amaporã, em Amaporã, e Mata dos Godoy, em Londrina.

“A gente só preserva aquilo que a gente conhece. Por isso, é importante trazer parceiros para nossas Unidades de Conservação de maneira que possamos chamar as pessoas para participarem da preservação desses locais tão belos”, afirma o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

“A ideia é que os projetos contribuam com o IAP no trabalho para conservação dessas áreas, mas também insira a sociedade nelas, promovendo o lazer e o turismo responsável”, esclarece o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Guilherme Vaconcellos.