A produção de veículos recuou 4,6% em agosto frente ao mesmo mês do ano passado, somando 227 mil unidades entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com julho, um mês de ajuste dos estoques feitos pela indústria para atender a corrida às concessionárias pelos descontos nos carros patrocinados pelo governo, houve alta de 24% na produção do setor.
Divulgado pela Anfavea, a entidade que representa os fabricantes de veículos, o balanço mostra que a produção recua 0,4% no acumulado desde o início do ano, somando 1,54 milhão de unidades entre janeiro e agosto. No mês passado, fábricas de montadoras como Renault, General Motors (GM) e Volkswagen seguiram com produção reduzida para evitar grande acúmulo de estoque.
Mesmo com dois dias úteis a mais, as vendas de veículos recuaram 7,9% em agosto na comparação com julho, que, no embalo dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil permitidos nas vendas de carros por crédito tributário, registrou o maior volume de um mês em dois anos e meio. Com o fim do estímulo, o mercado voltou ao ritmo próximo a 9 mil unidades por dia de antes do programa do governo federal.
As vendas do mês passado, de 207,7 mil veículos na soma de todas as categorias, ficaram praticamente no mesmo nível de agosto de 2022 - houve leve queda de 0,4% nessa comparação. O mercado mostra crescimento de 9,4% no acumulado do ano, somando 1,43 milhão de veículos de janeiro a agosto.
O balanço da Anfavea mostra ainda queda de 26,2% das exportações no comparativo de agosto com igual mês de 2022. Já na comparação com julho, os embarques, de 34,5 mil veículos no mês passado, subiram 13,8%. O levantamento aponta queda de 12,8% das exportações no acumulado do ano, com 292,1 mil unidades embarcadas desde o primeiro dia de 2023.
Segundo o balanço da Anfavea, 547 vagas de trabalho foram abertas em agosto nas montadoras, que agora empregam 100,1 mil pessoas.