A safra agrícola de 2025 deve totalizar 314,8 milhões de toneladas, 20,5 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 7,0%. Os dados são do segundo Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao primeiro Prognóstico, houve um aumento de 1,2% na estimativa de produção agrícola de 2025, 3,9 milhões de toneladas a mais.
Já o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de novembro aponta uma safra de 294,3 milhões de toneladas em 2024, 6,7% menor que a de 2023, 21,1 milhões de toneladas a menos.
O resultado é 545,5 mil toneladas maior que o previsto no levantamento anterior, de outubro, uma alta de 0,2%.
Itens
A expectativa de uma nova safra recorde de soja é o que tem impulsionado a projeção para a produção agrícola brasileira de 2025. A colheita de soja deve totalizar um ápice de 163,5 milhões de toneladas no ano que vem, um aumento de 12,9% em relação a 2024, 18,657 milhões de toneladas a mais, conforme o segundo Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado pelo IBGE.
Além da soja, são esperados aumentos em 2025 para o milho 1ª safra (alta de 9,3% ante 2024 ou 2,129 milhões de toneladas a mais), para o arroz (6,5% ou 686,9 mil toneladas a mais) e para o feijão 1ª safra (29,0% ou 262,2 mil toneladas a mais).
Em contrapartida, são previstas reduções para a produção de algodão herbáceo em caroço (-0,8% ou -40,9 mil toneladas), milho 2ª safra (-0,1% ou -136,3 mil toneladas), sorgo (-4,9% ou -199,6 mil toneladas) e trigo (-10,9% ou -891,1 mil toneladas).
A produção agrícola brasileira deve somar 314,8 milhões de toneladas em 2025, 20,5 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 7,0%.
"Prevemos um aumento da produção, sendo uma recuperação das perdas que tivemos em 2024. Embora o ano agrícola de 2025 esteja atrasado por conta da demora das chuvas nas unidades da federação produtoras de grãos, com a chegada destas chuvas, os produtores se mobilizaram e plantaram rapidamente estas lavouras e, agora, elas estão relativamente bem, o que aumenta a expectativa do aumento da safra para 2025", explicou Carlos Barradas, gerente do levantamento do IBGE, em nota.
A safra deve crescer em Mato Grosso (1,9%), Paraná (11,0%), Rio Grande do Sul (12,4%), Mato Grosso do Sul (24,1%), Minas Gerais (6,1%), em Goiás (5,0%), Bahia (6,7%), São Paulo (16,3%), Tocantins (0,3%), Santa Catarina (4,6%), Piauí (2,3%) e Rondônia (10,6%). As estimativas da produção são de safras menores para o Maranhão (-0,2%), Sergipe (-1,7%)) e Pará (-7,7%).
Área para 2025
A área total estimada para cultivo de cereais, leguminosas e oleaginosas é de 79,8 milhões de hectares em 2025, um aumento de 0,8% em relação a 2024, de acordo com o IBGE.
Em relação ao ano anterior, a área prevista em 2025 é maior para o cultivo de arroz em casca (5,2%), feijão 1ª safra (7,1%), algodão herbáceo em caroço (1,0%), milho 2ª safra (0,9%) e soja (1,4%). Por outro lado, são estimadas reduções na área de milho 1ª safra (-1,9%), sorgo (-4,7%) e trigo (-3,9%).
O IBGE prevê aumentos na área a ser colhida em 2025 no Rio Grande do Sul (3,2%), Mato Grosso (1,4%), Paraná (0,1%), Tocantins (0,1%), Ceará (2,4%), Minas Gerais(2,0%), Bahia (2,7%) e Rondônia (12,5%). Há previsão de declínios em Goiás (-1,0%), Mato Grosso do Sul (-0,3%), São Paulo (-2,0%), Santa Catarina (-10,7%), Pará (-1,1%) e Maranhão (-1,2%).