O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, admitiu nesta quinta-feira, 27, durante entrevista coletiva em que comentou os resultados do Novo Caged relativos a março, que os números vieram com uma pequena surpresa positiva. O saldo líquido de empregos formais no mês passado dão conta da abertura de 195.171 postos de trabalho. Este número é 2,02 vezes maior que os 96.473 vagas que eram esperadas pelos analistas do mercado consultados pelo Projeções Broadcast, com base na mediana do levantamento.
"O número de março deste ano, de alguma forma, creio que ele veio com uma pequena surpresa", disse o ministro, lembrando que em nas divulgações anteriores havia manifestado suas expectativas, segundo as quais, a retomada das cerca de 14 mil obras que estavam paradas no Brasil fossem surtir efeitos. "Mas não esperava que elas fossem surtir efeitos já em março. Temos obras de transporte de cargas e infraestruturas que estão influenciando o número de março", disse Marinho.
De acordo com o ministro, a expectativa da sua pasta é a de que o ocorrido em março se estenda para o longo do ano porque o governo federal reiniciou quase todas as obras paradas e que tinham como serem retomadas muito rapidamente.
"Estas são as obras que acredito estarem impactando estes números (de empregos), mas tem as obras paradas que não foram retomadas. Seja na área da Saúde e da Educação. Só na Educação temos quase 4 mil obras paradas. Estas obras precisam de recursos, recomposição de contratos e por isso demoram um pouquinho. Mas elas devem dar sequencia em abril, maio e junho e impactar o mercado de trabalho", disse Marinho.
Ele disse ainda que tem um pacote de obras que está para ocorrer a partir do segundo semestre, que está no orçamento da PEC da Transição, de R$ 75 bilhões de investimentos para este ano e que deve impactar bastante o mercado de trabalho. Neste pacote de obras para o segundo semestre, de acordo com Marinho, está o Minha Casa, Minha Vida, saneamento básico, e outras áreas.
"Olhando para o ano que vem, temos também uma visão otimista sobre o que está começando a acontecer no País porque o Orçamento do ano que vem deve repetir mais R$ 75 bilhões, no mínimo, que estão previstos para este ano", disse o ministro.