O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 18, que as estimativas da equipe econômica apontam para impactos pequenos das mudanças introduzidas pelo Congresso no pacote fiscal. Pelas conversas com parlamentares, tudo indica que a "escala" da contenção de gastos prevista pela pasta vai ser mantida, afirmou, em uma conversa com jornalistas na entrada da sede da Fazenda, em Brasília.
"Nós estamos confiantes de que não vai haver desidratação, pelas conversas mantidas nesses dias, de segunda pra cá", disse o ministro. "Eu diria que a escala da contenção de gastos vai ser mantida, é importante manter isso em um patamar próximo do desejo do Executivo, para que não haja desidratação das medidas."
Haddad afirmou que vai conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para ver a "hora limite" que a Casa pode receber as medidas para votá-las até esta quinta-feira.
A aprovação dos textos é necessária para que o Congresso possa votar também o Orçamento, que depende dos ajustes propostos, reforçou o ministro, que almoça com Pacheco nesta quarta-feira.
Na terça-feira, 17, a Câmara aprovou a primeira parte do pacote fiscal enviado pelo governo, o projeto de lei complementar que estabelece gatilhos para o arcabouço fiscal e prevê o bloqueio de emendas em determinados casos. A Casa ainda precisa apreciar mais dois textos - um projeto de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) -, que ainda serão enviados ao Senado.
O ministro disse esperar que os deputados votem as medidas ainda nesta quarta-feira. "Eu penso que está havendo uma compreensão boa, as conversas com os relatores estão boas, ontem já passou uma medida na Câmara, hoje devem ser votadas as outras duas, inclusive a PEC", afirmou.