O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física (PF) cresceu 0,5% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 1,043 trilhão, informou nesta sexta-feira, 8, o Banco Central (BC). Em 12 meses até janeiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 11,4%.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 1,4% em janeiro ante dezembro, para R$ 293,586 bilhões. Em 12 meses até janeiro, a variação foi positiva em 12,8%.
Setor não financeiro
O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro caiu 0,1% em janeiro ante dezembro, para R$ 16,151 trilhões. O montante equivale a 147,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.
No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado avançou 0,1% em janeiro ante dezembro, para R$ 5,573 trilhões. O montante equivale a 50,9% do PIB.
Rotativo do cartão
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 26,8 pontos porcentuais de dezembro para janeiro. A taxa passou de 442,1% para 415,3% ao ano. No caso do parcelado, o juro passou de 196,9% para 187,8% ao ano entre dezembro e janeiro. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 89,8% para 84,1%.
O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como não houve consenso, o teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024.
Além de um teto para os juros do rotativo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a propor aos setores envolvidos um máximo de 12 meses para o parcelado sem juros. A autoridade monetária também citou a hipótese de alguma limitação para a tarifa de intercâmbio no cartão de crédito, mas ambas as ideias não avançaram e devem ser discutidas novamente no futuro.