Cortes de juros mais robustos na zona do euro só devem acontecer caso haja uma nova deterioração no crescimento do bloco, afirmou o dirigente do Banco Central Europeu e presidente do Banco da Holanda, Klaas Knot. Em entrevista à CBNC, ele disse que o BCE não pode apressar a flexibilização, porque a alta de salários ainda está acima do ideal.
"O maior declínio ainda está por vir, inclusive, ainda acontecerá nos próximos trimestres, provavelmente no primeiro semestre de 2025", afirmou Knot.
Segundo ele, a inflação ainda está acima do ideal, apesar da desaceleração recente, que foi motivada por "fatores pontuais".
O banqueiro central disse também que o BCE segue monitorando o resultado da eleição presidencial nos EUA, que pode trazer novos ventos inflacionários à Europa, por mais que o comportamento da inflação em caso de uma fragmentação do comércio global ainda seja incerto.
"Resultado das eleições dos EUA levar a uma fragmentação do mercado seria uma notícia ruim para cidadãos europeus. Mas o impacto na inflação ainda não é mensurável", disse ele.