O Ibovespa sobe na manhã desta terça-feira, 24, após fechar em baixa por cinco sessões seguidas, alinhado aos mercados internacionais. O apetite por ativos de risco no exterior reflete resultados de atividade europeus sugerindo fraqueza.
Os indicadores fracos na Europa tendem a pressionar os bancos centrais da região por menos juros, diz economista-chefe do BV, Roberto Padovani, em comentário matinal.
Contudo, os rendimentos dos Treasuries voltam a subir, renovando máximas, com alguns vencimentos acima da marca de 5,00%. Há pouco, saíram os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos relativos a outubro.
As leituras preliminares indicam expansão acima da esperada. Já as principais taxas de juros do mercado futuro brasileiro caem.
No Brasil, as atenções ficam no Congresso, com expectativa de votação na Câmara do projeto de lei de taxação dos fundos de alta renda (exclusivos e offshore). Já o Senado deve aprovar a extensão do benefício da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores até 2027. Ainda fica no radar os dados de arrecadação de setembro.
Além da valorização das bolsas externas, o minério de ferro subiu 3,78% em Dalian, na China, enquanto o petróleo passou a cair. As ações da Vale avançavam 1,81% às 10h48. Na China, o governo anunciou a emissão de 1 trilhão de yuans em títulos do Tesouro como forma de estimular a economia.
"O minério subindo estimula os papéis do setor, após essa notícia da China, que dá um ânimo no curto prazo. Precisa ver se isso de fato irá se refletir no crescimento", diz Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.
Depois de caírem em torno de 6,00% ontem, na esteira da proposta de mudança no estatuto da Petrobras, os papéis da empresa buscam recuperação. Subiam acima de 1,00% no horário citado acima.
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,33%, aos 112.784,52 pontos, pressionado principalmente pelo recuo de pouco mais de 6,00% das ações da Petrobras, diante da proposta de mudança do estatuto social da estatal.
Como observa o economista Álvaro Bandeira, a eventual aproximação do Índice Bovespa na marca dos 111 mil pontos é um nível "crítico". Segundo ele, o principal indicador da B3 não deveria perder tal pontuação, sob pena de forçar o suporte na faixa dos 108 mil pontos.
Às 10h52, o Ibovespa subia 0,91%, aos 113.815,68 pontos, após alta de 1,08%, na máxima aos 114.000,22 pontos, voltando a avançar na semana, 0,60%. Só quatro ações cediam, de um total de 86. A maior desvalorização era Suzano ON (-3,11%).