Pelo menos 25 pessoas, entre elas dez crianças, morreram no norte da Síria em ataques aéreos feitos pelo governo sírio e pela Rússia, informou nesta segunda-feira (2) o serviço de resgate da oposição síria, conhecido como Capacetes Brancos.
Os caças russos e sírios atingiram a cidade de Idlib, controlada pelos rebeldes, e outras áreas nas proximidades, segundo fontes militares. O ataque ocorreu depois de o presidente Bashar al-Assad ter prometido esmagar os insurgentes que tinham invadido a cidade de Alepo
Segundo os habitantes, um dos ataques atingiu uma área residencial no centro de Idlib, a maior cidade de um enclave rebelde perto da fronteira turca, onde cerca de 4 milhões de pessoas vivem em tendas e habitações improvisadas.
Segundo os Capacetes Brancos, o número total de mortos em ataques sírios e russos desde 27 de novembro subiu para 56, incluindo 20 crianças. O Exército sírio e a Rússia, sua aliada, têm como alvo os esconderijos de grupos rebeldes e já negaram atacar civis. O objetivo dos ataques foi atingir os grupos armados apoiados pela Turquia, assim como o Hayat Tahrir al-Sham, grupo designado como terrorista pelos Estados Unidos (EUA), a Rússia, Turquia e outros países.
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Em declaração conjunta, os Estados Unidos, a França, Alemanha e o Reino Unido apelaram "à contenção de todas as partes e à proteção dos civis e das infraestruturas, para evitar novas retiradas de pessoas e perturbações no acesso humanitário".
Um grupo de rebeldes, liderados pela aliança islâmica Organização de Libertação do Levante - que se separou em 2016 do ramo sírio da Al-Qaeda - juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, lançou uma ofensiva contra o governo sírio na quarta-feira (27) e assumiu o controle total da província de Idlib, no noroeste do país, de grande parte da cidade de Alepo e de partes do norte de Hama, no centro da Síria.
Esse foi considerado o mais ousado ataque rebelde em vários anos dessa guerra civil. As linhas de frente estavam praticamente congeladas desde 2020. A situação levou o presidente sírio a declarar que "os terroristas só conhecem a linguagem da força e é com essa linguagem que vamos esmagá-los".
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Com informações AGÊNCIA BRASIL