ESA alerta: 166 milhões de fragmentos de lixo espacial ameaçam satélites vitais

Autor: Da Redação,
sábado, 22/04/2017
Mais de 166 milhões de fragmentos com mais de 1 mm se movem em órbita da Terra - Foto -  Science Photo Library

A Agência Espacial Europeia (ESA) fez apelo durante recente evento científico para um futuro sustentável na exploração do universo depois da chamada “última fronteira”. A ESA destaca a urgência de uma ação internacional coordenada nesse sentido para manter a sustentabilidade no espaço sideral.

aumento do lixo na órbita da Terra representa risco potencial aos deslocamentos de naves espaciais e diversos satélites responsáveis por serviços tão essenciais como a observação meteorológica, o controlo do tráfego da aviação comercial ou as telecomunicações globais.

166 milhões de fragmentos 
Mais de 166 milhões de fragmentos com mais de um milímetro de tamanho se movem em órbita da Terra. Qualquer um deles pode causar graves danos ou até destruir um satélite em caso de colisão.

O chefe do departamento de detritos espaciais da ESA, Holger Grag, explica que “a velocidade média no momento de impacto de um fragmento num satélite é de 40 mil quilômetros/ hora”.

Velocidades
“A estas velocidades, até os mais pequenos objetos de tamanho milimétrico podem causar enormes danos. Estamos diante de uma ameaça às nossas infraestruturas espaciais”, alerta Grag.  Ele participou, esta semana, em Darmstadt, na Alemanha, de uma conferência internacional para debater o crescente perigo do lixo espacial com mais de 350 representantes do meio científico e acadêmico, da indústria e de agências espaciais de todo o mundo.

Foto por Reprodução

Na conclusão da reunião, realizada no centro de controles de missão da ESA, surgiu o apelo por uma ação internacional coordenada. Desde 1957, mais de 5250 lançamentos de aeronaves, tripuladas ou não, para o espaço contribuíram para ao atual registo de mais de 23 mil objetos em órbita da Terra. Destes, apenas 1200 são satélites ativos. O resto são detritos sem qualquer utilidade, explica a ESA.

Explosões
Muitos dos aparelhos enviados para o espaço explodiram ou partiram-se, gerando 750 mil fragmentos com um tamanho superior a um centímetro e ainda em mais 166 milhões acima de um milímetro.

As informações são do portal Euronews