Cientistas explicam porque há indícios de possibilidade de vida em Marte 

Autor: Da Redação,
domingo, 29/01/2017
​Cientistas conseguiram mais um avanço significativo no senttido de buscar de indícios de vida em Marte - Foto: NASA

Cientistas conseguiram mais um avanço significativo no sentido de buscar indícios de vida em Marte. O metano gerava o efeito estufa e tornava o Planeta Vermelho suficientemente quente para possibilitar a existência de água em estado líquido na sua superfície, e consequentemente, vida (mesmo que de forma bacteriana), conforme matéria da revista científica Geophysical Research Letters.

De acordo com Robin Wordsworth, astrofísico da Universidade de Stanford, nos EUA, em Marte "havia todas as condições para a origem e evolução da vida". Se descobrirmos como Marte era no passado, poderemos compreender como encontrar planetas semelhantes fora do Sistema Solar", supõe o cientista.

Atualmente pesquisadores da NASA e ESA não duvidam de que há 3,8-3,5 bilhões de anos a superfície de Marte tinha um oceano de água em estado líquido. Apesar disso, os astrônomos ainda não chegaram a uma conclusão exata de como é que o oceano se formou, como permaneceu líquido e como em seguida se evaporou.

Wordsworth e seus colegas, entre os quais os planetólogos russos da Universidade Estatal de Moscou, da Academia de Ciências da Rússia e da Universidade de Tomsk, criaram um modelo computacional da antiga atmosfera de Marte. Eles acharam que nessa atmosfera deveria estar presente, para além do dióxido de carbono, nitrogênio e hidrogênio, outra substância – o metano. 

Metano acumulado
Em tempos remotos, o metano se acumulava no planeta em grandes quantidades, suficientes para aquecer os oceanos de Marte, sugerem os cientistas russos e americanos. Segundo os pesquisadores, se a atmosfera do Planeta Vermelho tivesse sido tão densa como a da Terra, a temperatura na superfície de Marte seria igual à da Terra.

Essa "manta de efeito estufa" deve ter existido durante centenas de milhões de anosquando os vulcões em Marte estavam ativos. Isso teria sido suficiente para haver origem de vida, concluem os cientistas.

As informações são da revista científica Geophysical Research Letters