O Brasil apresentou, pela primeira vez, à ONU suas metas para reduzir o uso de combustíveis fósseis no âmbito de suas políticas climáticas, com o objetivo de combater a emissão de gases de efeito estufa. O documento foi entregue na quarta-feira (13/11) durante a COP29 em Baku, no Azerbaijão, e contém as diretrizes da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que define os compromissos do país para reduzir suas emissões. As metas incluem o aumento do uso de tecnologias mais sustentáveis, com a substituição gradual dos combustíveis fósseis por biocombustíveis avançados e eletrificação, além de impulsionar a produção de biocombustíveis e implementar técnicas de captura e armazenamento de carbono.
O Brasil destaca em sua proposta que já possui uma matriz energética com alta participação de fontes renováveis, com 89,2% de eletricidade e 49,1% do total de energia provenientes de fontes limpas. .
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A política energética nacional tem como objetivo ampliar a utilização de energias renováveis, em particular solar e eólica, além de incrementar a produção de biocombustíveis, com o respaldo da Lei do Combustível do Futuro. Geraldo Alckmin, vice-presidente, declarou que o objetivo do Brasil é diminuir suas emissões de CO2 entre 59% e 67% até 2035, em relação aos níveis de 2005.
No entanto, o plano enfrentou críticas de especialistas e organizações ambientais, que consideram a meta insuficiente. O Observatório do Clima apontou que o Brasil não abordou adequadamente o aumento da produção de petróleo e gás, com planos de expandir a extração de combustíveis fósseis em mais de 30%. Claudio Angelo, coordenador do Observatório, afirmou que, embora o documento traga alguns avanços, ele ainda não representa a transformação necessária para alcançar as metas climáticas globais, como as estabelecidas no Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Com as informações Metrópoles