Polo moveleiro de Arapongas reajusta salários em 12,47%; saiba mais

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 06/07/2022
Polo moveleiro reúne 8,5 mil trabalhadores apenas em Arapongas

Trabalhadores do polo moveleiro de Arapongas vão receber reajuste salarial de 12,47%. O acordo foi fechado no final do mês passado entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (Sticma) e o Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima). A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2022/2023 valerá até 30 de abril de 2023. A data-base da categoria é 1º de maio.

O índice de 12,47% representa a correção da inflação do período. O aumento vale para todos os trabalhadores admitidos antes de 1º de maio de 2021 até a faixa salarial de R$ 6,2 mil. A partir desse valor, a negociação deverá ser feita diretamente entre o funcionário e o empregador.

Com o reajuste, o piso inicial da categoria – para quem nunca trabalhou no setor de móveis - ficou fixado em R$ 1.550,00. Após seis meses de experiência, o salário sobe automaticamente para R$ 1.806,22.

A convenção coletiva prevê índices de reajuste diferentes conforme a data de ingresso do trabalhador que recebe acima do piso e foi contratado depois de maio de 2021:  junho de 2021 (11,43%), julho de 2021 (10,39%), agosto de 2021 (9,35%), setembro de 2021 (8,31%), outubro de 2021 (7,27%), novembro de 2021 (6,24%), dezembro de 2021 (5,20%), janeiro de 2022 (4,16%), fevereiro de 2022 (3,12%), março de 2022 (2,08%) e abril de 2022 (1,04%).

O Sticma representa cerca de 10 mil trabalhadores de sua base, sendo 8,5 mil apenas em Arapongas e os demais em Rolândia, Arapongas, Sabáudia, Pitangueiras, Apucarana e Califórnia. Inicialmente, o sindicato reivindicava um reajuste médio de 19,31%,  incluindo a reposição da inflação do período (12,47%) e mais 3% de ganho real e outros 3% de valorização do piso.

O presidente do Sticma, Carlos Roberto da Cunha, afirma que o “reajuste foi dentro do razoável”. No entanto, ele admite que não foi o suficiente para suprir a perda do poder de compra dos trabalhadores, que ficou em torno de 27% no Paraná.   

Por Fernando Klein