No mês de março, o monsenhor Roberto Carrara, ex-pároco da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, de Apucarana, sofreu uma tentativa de assalto durante uma viagem à Roma e vem se recuperando de uma queda que sofreu. O religioso quebrou o ombro e punho do braço direito.
No dia do crime, 26/3, o padre, que atualmente está na Paróquia Coração Eucarístico, no Jardim Apucarana, estava acompanhado do amigo de longa data, o empresário apucaranense Luís Bertoli, quando foram surpreendidos por três mulheres.
Segundo o monsenhor, quando os dois retornavam de um passeio para o hotel, a cerca de 11 metros dos muros do Vaticano, por volta das 11h30, as três autoras foram para cima deles. "O Bertoli conseguiu esquivar de duas, mas a outra mulher veio para cima de mim e me pediu dinheiro. Eu peguei algumas moedas e entreguei para ela. No entanto, a autora viu minha carteira, que estava pendurada em meu pescoço e me empurrou. Nesse momento, cai de costas no chão e fraturei o ombro e o punho. Senti muita dor e fui para o Pronto Socorro", recorda.
O padre ficou três dias internado e preferiu voltar para Apucarana. "Eu tinha programado a viagem final do ano passado, aconteceram imprevistos, tive que adiar, até que deu certo a viagem na semana passada, mas foi totalmente diferente do que podemos pensar. Para voltar foi difícil, eu tinha que ficar internado em Roma, disse que não, que queria voltar para a minha cidade onde tenho médicos conhecidos, hospital nosso, me falaram, o senhor vai sofrer, fiquei três dias internado lá, todo amarrado, engessado, mas voltei para Apucarana, agora estou me recuperando, sentindo dores, mas pouca. O Papa abriu muito a porta do Vaticano para os pobres, lá na frente ficam muitas pessoas, muitos peregrinos, tem aqueles que são pobres e merecem ajuda, mas tem aqueles que são bandidos", desabafa.
Mesmo machucado, o monsenhor vai manter a rotina de celebrações. "Continuo celebrando missas aos sábados aqui na paróquia, o padre Edson tem me ajudado muito na recuperação, inclusive na hora do banho. No domingo vou celebrar missa na catedral às 8h30, na segunda no Hospital da Providência, na terça tenho duas missas na catedral e confissões, por tanto, já estou trabalhando naquilo que posso fazer, rezar missa e perdoar pecados não usa muito a mão", disse.
Carrara contou que demorou para informar o que aconteceu para os familiares e amigos. "Não contei quando aconteceu para evitar a preocupação deles. Não desejo isso pra ninguém. O Bertoli teve que me carregar pra lá e pra cá, ficou muito nervoso vendo a minha situação. Eu agradeço a preocupação de todos, os telefonemas e e-mails que estou recebendo. Daqui uns quatro meses já estarei melhor. Meu abraço para todos vocês, meus agradecimentos pelas orações", finaliza. ASSISTA A ENTREVISA: