Pelo menos um acidente por semana é registrado na Avenida Governador Roberto da Silveira. A via, que cruza Apucarana (PR) sentido oeste, até a saída para Maringá, e é o trecho urbano da BR-369, já registrou 50 sinistros entre janeiro e outubro e está no topo do ranking dos acidentes na cidade. As informações são plataforma de consulta do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) que aponta as 15 vias com maior número de ocorrências no município. Veja lista abaixo
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Para se ter uma ideia, nessas 15 vias aconteceram 41% de todos os acidentes registrados em Apucarana pelo Detran, que tabula dados da Polícia Militar, incluindo o sistema Bateu de registro online, e da Polícia Rodoviária Estadual, ficando de fora os dados da Polícia Rodoviária Federal e da rede de saúde. Foram 772 ocorrências no período em toda cidade, sendo 315 nessas 15 ruas e avenidas. Os sinistros registrados nestes trechos resultaram em 93 pessoas feridas, o equivalente a quase um terço do total computado em todo município no período, 283.
Depois da Avenida Governador Roberto da Silveira, o segundo trecho campeão de acidentes é avenida Curitiba, a principal via comercial da cidade que tem um perfil de trânsito bem mais lento, mas que concentra grande movimento diário de veículos.
Outro trecho urbano de rodovia, a Avenida Minas Gerais, que liga norte e sul de Apucarana pela BR-376, é a terceira via com maior número de acidentes. Foram 38 no período.
Também constam na lista várias vias com grande concentração comercial na área central, como as ruas Munhoz da Rocha, Oswaldo Cruz e Nagib Daher, e vias que são importantes acessos a bairros da cidade, caso das avenidas Aviação e Central do Paraná, que circulam pela zona leste e norte da cidade, e Rua Nova Ukrânia, que é acesso a bairros da zona sul.
Segundo o superintendente de Trânsito do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), Carlos Mendes, a lista não surpreende, uma vez que as ruas elencadas são justamente as mais movimentadas da cidade.
“A Minas Gerais é a Governador são vias arteriais recebem todo tráfego que entra e sai da cidade, outras são coletoras, levam e trazem os veículos para os bairros”, comenta.
Segundo Mendes, os trechos urbanos de rodovias – caso das avenidas Minas Gerais e Governador Roberto da Silveira – são mais desafiadores em termos de controle e redução de acidentes. “As duas são as mais movimentadas, duas rodovias que são mantidas pelo DNIT ou pelas concessionárias quando do pedágio, do ponto de infraestrutura e fiscalização pouco o município pode fazer sem autorização dos órgãos responsáveis”, comenta.