Representantes das 23 instituições privadas de ensino de Apucarana de educação infantil, ensino fundamental I e II mantiveram reunião na quinta-feira (25), no gabinete municipal, com o prefeito Júnior da Femac. O grupo reivindicou ajuda do município para que autoridades estaduais definam um plano de retorno às atividades escolares no Paraná, que estão suspensas desde março por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Estudos e propostas para uma volta gradativa do atendimento também foram entregues à equipe municipal. Assessorado pela superintendente da Chefia de Gabinete, Jossuela Pinheiro, o prefeito Júnior da Femac reforçou que a decisão do retorno cabe ao Governo do Paraná e leva em consideração os indicadores da pandemia, mas que o município está à disposição para contribuir na elaboração do plano.
“Apucarana começa com “A”, então tem que sair na frente. Todos sabemos que por enquanto, devido ao crescimento do número de casos, o retorno escolar é inviável, mas foi uma conversa muito franca, de troca de ideias, onde pude ouvir as necessidades do setor em Apucarana, que são basicamente as mesmas de outras cidades do Paraná e do Brasil, onde definimos que, em conjunto com as instituições privadas, vamos montar um plano de retorno às atividades educacional que será apresentado ao Governador Ratinho Júnior, bem como aos promotores de Justiça e juízes”, explicou o prefeito Júnior da Femac, lembrando que as escolares particulares são vinculadas à Secretaria de Estado da Educação (Seed).
“A prefeitura está de portas abertas ao setor educacional, vamos pensar em conjunto soluções e caminhos para um retorno seguro às atividades. Vamos ajudar no que for possível para colocar o tema na agenda estadual”, disse o prefeito.Júnior também frisou que está em execução uma força-tarefa para auxiliar as instituições a ter acesso a créditos junto ao Programa Paraná Recupera, da Fomento Paraná. “Um dinheiro com juros muito baixos que pode ser acessado para minimizar os impactos econômicos enfrentados neste período”, comunicou o prefeito.
Além dos problemas econômicos gerados aos empreendimentos pela paralisação das atividades, Valquíria Garcia, da Escola Pilares da Educação, assinala que a preocupação primária das instituições é com as crianças. “Queremos voltar a trabalhar para atender nossos alunos, dando cuidados e educação necessária. A maioria dos pais hoje está recorrendo a cuidadores e grande parte não tem preparo para a função. Segundo o Conselho Tutelar, neste período da pandemia tem aumentado o número de maus-tratos a crianças e adolescentes, muitas delas também não estão ficando em casa em isolamento e convivem com pessoas do grupo de risco”, contextualizou Valquíria.
Ela agradeceu o apoio do prefeito Júnior da Femac para a elaboração do plano de retorno e interlocução junto ao governo estadual. “Temos ciência que se trata de um momento preocupante, por isso propomos que a volta seja gradativa, atendendo todo o protocolo necessário ditado pelas autoridades em saúde, mas precisamos de uma perspectiva, um norte para podermos nos planejarmos melhor e por isto entendemos que um plano de retorno é o caminho”, concluiu a representante do grupo.