Doações de órgãos crescem na região de Apucarana

Autor: Da Redação,
sábado, 11/09/2021
Doações de órgãos crescem na região de Apucarana

O número de doações de órgãos cresceu nos dois hospitais referência da área da 16ª Regional e Saúde (RS) de Apucarana.

Dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná apontam 18 captações de órgãos registradas entre janeiro a agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram 17 notificações, um aumento de 6%. Além do número de captações, o que chama atenção é o alto índice conversão do procedimento.

De acordo com a Organização de Procura de Órgãos (OPO), de Londrina os procedimentos envolvem doações de fígado, rim, pulmão e coração. A doação de órgãos ganha evidência durante o mês por conta da campanha Setembro Verde. 

No Hospital da Providência de Apucarana houve um aumento de 20% nas captações. De janeiro a agosto deste ano foram 12 doações de órgãos para transplantes, quatro recusas e cinco descartes (procedimentos quando o paciente tem alguma doença viral ativa, infecção generalizada não tratada, HIV, HTLV, Covid entre outras).

No ano passado o número de doações foi menor, 10, com três recusas, quatro descartes e 1 protocolo inconclusivo. Segundo a coordenadora da OPO de Londrina, enfermeira Emanuelle Zocoler, o Hospital da Providência tem uma taxa de conversão (famílias que aceitam a doação) de 71%. “A taxa vai aumentar com as duas doações registradas em agosto”, afirma.

No Hospital Norte Paranaense (Honpar) de Arapongas, o número de notificações de captação caiu 14,2%. Neste ano foram 7 doações. No ano passado foram 6 doações. No entanto, a taxa de conversão do hospital é referência. “O Honpar tem 100% de conversão. Isso significa que todas as famílias entrevistadas aceitaram a doar órgãos de seus familiares, é um índice excelente e o Providência está muito próximo. Essa taxa muda, se ocorrem muitas recusas o índice abaixa”, explica.

22ª RS

Desde o ano passado, o Hospital Bom Jesus de Ivaiporã não registra captações de órgãos. Segundo a OPO, a instituição dependia do único neurocirurgião que faleceu após ser infectado com a Covid-19, no ano passado. 

“Desde o ano passado não tivemos protocolo de morte cerebral lá. Os pacientes são encaminhados para Apucarana, porque o neuro que atuava em Ivaiporã faleceu ano passado”, comenta. Por este motivo, a enfermeira acredita que as mortes cerebrais estão subnotificadas.

Por, Cindy Santos - Jornalista do Grupo Tribuna do Norte