Apucaranenses que vivem fora do país relatam pandemia

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 09/04/2021
Apucaranenses que vivem fora do país relatam pandemia

Há exatamente um ano, dia 9 de abril de 2020, Apucarana registrava o primeiro caso de Covid-19. De lá pra cá, muita coisa mudou. Pessoas perderam familiares, amigos e conhecidos, além de batalhar diariamente contra um vírus invisível e misterioso.

Neste período, Apucarana somou 216 mortes provocadas pela doença e 8.711 resultados positivos para o novo coronavírus. No Paraná, os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o estado soma  868.567 casos confirmados e 18.375 mortos pela da doença. No Brasil, quase 350 mil pessoas já perderam suas vidas para a covid.

No entanto, apesar dos altos números, vacinas já foram distribuídas e a população é imunizada diariamente. Aqui essa é a realidade. E fora do Brasil? Como está? Entrevistamos alguns apucaranenses que vivem em outros países, que comentaram a atual situação da pandemia. 

Inglaterra

O casal Eduardo Romagnoli, de Apucarana, e Fernanda Ramari, de Califórnia, que vive na cidade de Bournemouth, na Inglaterra, desde fevereiro de 2020, conta que já tomou a vacina, inclusive eles foram os primeiros moradores da região de Apucarana a receber imunizante. "A Fer a tomou a segunda dose, mas eu ainda não. Precisei cancelar o primeiro agendamento. Porém, a primeira dose já cria uma grande porcentagem de imunizante no organismo. A taxa de morte aqui caiu muito", explica.

O lockdown, que dura há quatro meses e meio, termina nesta segunda-feira (12). "Tudo bem fechado desde o natal de 2020. Mas segunda volta a abrir tudo, mas com algumas restrições e medidas de segurança impostas pela saúde. Não foi fácil, mas acredito que o governo lidou muito bem", afirma.

Foto por Arquivo pessoal
 

Estados Unidos

O arquiteto apucaranense Rodolfo Pomini, 34 anos, que vive há alguns anos em Nova York, nos Estados Unidos, tomou a 1ª dose da vacina fabricada pela Moderna e recebe a 2ª dose e neste domingo (11). “Não estamos vivendo mais em quarentena aqui, mas a transmissão do vírus continua alta. Poucas cidades ainda estão com esse nível alto de transmissão e isso gera questionamentos de o porquê isso está acontecendo”, explica.

O arquiteto explica que as vacinas são liberadas por estado para pessoas com mais de 18 anos. “Quem tem sorte de receber a vacina da Johnson já estará imunizada a partir da segunda semana. Porém, a eficácia dela é menor.  Fico feliz por estar vacinado, mas sei que no Brasil ainda está mais devagar. Fico triste com isso”, acrescenta.

Foto por Arquivo pessoal
 

França

A arquiteta apucaranense Gabriela Ribeiro Zandoná, 34 anos, mora há mais de 3 anos com a família em Paris, na França, e conta que a situação é um pouco diferente do que acontece nos Estados Unidos. “A França está confinada, apenas o comércio essencial está aberto. As escolas também estão fechadas. Não tem previsão de quando vamos vacinar. O governo diz que em meados de junho deve abrir a vacinação para saudáveis maiores de 18 anos. Por enquanto, é só para profissionais da saúde, idosos e grupos de risco”, afirma.

Gabriela acredita que se continuar neste ritmo, a vacinação de sua faixa etária deve ser em dezembro. “Mas acredito que vai acelerar. Estamos no terceiro confinamento. Em março agora começou o terceiro nas regiões mais afetadas e se estendeu para o país todo em abril. Os restaurantes estão fechados desde novembro, assim como cinemas e museus. No final de abril vamos saber como vai ficar. Além disso, reuniões com mais de 6 pessoas são proibidas e recomenda-se que seja ao ar livre”, esclarece.

Foto por Arquivo pessoal
 

Itália

A arquiteta apucaranense Aline Froes, 34 anos, que mora atualmente em Milão, mas passa um período em Sardenha, na Itália, conta como está sendo o desdobramento da pandemia da Covid-19. “A vacinação na Itália está um pouco atrasada devido à alguns lotes de vacina que foram descartados, pois houveram casos de trombose em alguns grupos imunizados. Porém, aqui podemos entrar na fila da vacinação, já que diariamente vacinas são descartadas por conta das desistências. Se sobrar, eles aplicam as doses em outras pessoas", explica.

Aline conta que no verão os bares e restaurantes lotaram de turistas, fazendo com que o vírus continuasse se espalhando. “Um caos e as praias lotadas. Após esse período, eles tentaram controlar o fluxo de pessoas na Sardenha, realizando agendamentos de horários na praia. Os restaurantes ainda estão fechados e a cidade com toque de recolher. Apenas delivery funcionado”, complementa. 

Foto por Arquivo pessoal