Um cabeleireiro de 48 anos é um dos apucaranenses detidos em Brasília nesta segunda-feira (9) após a invasão do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional no domingo (8). Ele viajou em um ônibus com 40 passageiros de Apucarana e de outros municípios da região para participar da manifestação, que acabou se transformando em um grande ato de vandalismo na Capital Federal. "Caímos em uma cilada", diz.
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Ele conversou por telefone com o TNOnline e também mandou foto e vídeos dos detidos. "Estamos na Academia da Polícia Federal. Todos estão bem. Agora vou entrar na fila para comer, que está quilométrica", conta. Segundo o cabeleireiro, um grupo está no ginásio da academia e outro na parte externa. É permitido circular pelo complexo da PF. Pelo menos 1,2 mil pessoas que estavam no QG do Exército foram detidas nesta manhã.
Quase todos os passageiros do ônibus que saiu da região estão no local. "Alguns se dispersaram e a gente não tem informações", conta. "Estamos sendo bem tratados. Estão servindo refeição agora. Tem macarrão, arroz, salsichão... Eles também estão deixando a gente carregar o celular e falar com a família. Quem precisa de remédio, de medir a pressão, também é atendido", comenta.
O apucaranense afirma que todos estão esperando no local. "Ninguém falou nada ainda. Não prestamos depoimento, não fomos fichados... Não aconteceu nada ainda. Descemos do ônibus de manhã e estamos todos aqui esperando", disse por volta das 17 horas.
O morador de Apucarana afirma que é a primeira manifestação que participa em Brasília. Ele também frequentava atos em frente ao quartel do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec). O apucaranense lamenta a destruição nos Três Poderes.
"Na verdade, nós caímos numa cilada. A minha intenção era participar de uma manifestação pacífica. Cercar os prédios, mas não invadir. Quando ouvi os barulhos, assustei. Cheguei a entrar para ver a destruição, mas não participei. Foi algo lamentável. Acho que tinha pessoas pessoas infiltradas no protesto".
Ele afirma que chegou a levar um tiro de bala de borracha na perna. "Mas estou bem. Não foi nada demais", disse. O cabeleireiro afirma que está protestando porque considera que houve fraude na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Está mais do que provado", comentou, pouco antes de encarar a fila para pegar uma marmita servida no local. "Não comi nada ainda desde cedo", completou.
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