Superlotação no minipresídio de Apucarana exige atenção redobrada na vigilância, dizem agentes carcerários

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 18/06/2018
Superlotação no minipresídio de Apucarana exige atenção redobrada na vigilância, dizem agentes carcerários - Foto: Delair Garcia/TN

Agentes do Departamento Penitenciário (Depen) que trabalham no setor de guarda e vigilância do minipresídio de Apucarana confirmaram nesta segunda-feira (18) que a unidade carcerária continua superlotada, apesar das transferências de detentos para penitenciárias realizadas periodicamente. 

Segundo o pessoal da carceragem,  o prédio abriga hoje 317 presos, mais do que o triplo da capacidade, que é para 96 detentos. A unidade carcerária foi inaugurada em junho de 1991 e reformado ainda em 2001. Das 317 pessoas detidas no local, 300 são homens, há 16 mulheres e um menor está apreendido.

Os agentes reafirmam ainda que não é tarefa fácil providenciar diariamente alimentação, condições de higiene, remédios e assistência médica e odontológica para mais de 300 detentos, além de realizar vigilância no minipresídio superlotado.

Depen
A assessoria de imprensa do Departamento Penitenciário (Depen) reiterou que a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, assim como a direção da Polícia Civil, estão cientes do problema de superlotação registradas nas carceragens das delegacias do Estado e salientou que já houve avanços. 

Segundo o órgão, no início de 2011 a Polícia Civil gerenciava em torno 14 mil presos e hoje o número é de aproximadamente 9,5 mil custodiados.

Ainda de conforme com Depen, a cúpula da segurança pública estadual tem trabalhado para zerar o número de presos nas delegacias. Semanalmente, o Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), que conta com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, autoriza a transferência de presos de delegacias para o sistema prisional. No entanto, as vagas são abertas somente com a saída de presos, o que depende de autorização do Poder Judiciário.